quinta-feira, 26 de maio de 2011

novidades!

Oi, gente! Super legal, está chovendo em Cambridge e não tenho como ir embora, porque o ônibus da escola pro centro só passa de uma em uma hora. É o primeiro dia que pego chuva de verdade aqui, acho que posso me considerar uma pessoa sortuda! Bem, vou adiantar um post pro blog, já que o fuso horário deixa meu msn e minha lista de bate papo no facebook vazios.

Esqueci de contar aqui, mas sábado estou viajando pra Escócia. Na segunda-feira é feriado na Inglaterra e comprei uma viagem de três dias pra Edimburgo, que inclui um passeio nas montanhas e no Lago Ness no domingo, estou super empolgada! Vamos de trem de Londres pra Edimburgo e a viagem leva, mais ou menos, 4h30. Como minhas semanas na Inglaterra estão na reta final, optei por viajar com uma agência, assim o preço do trem é mais barato, além de o guia conhecer os lugares e eu não perder tempo tentando me localizar sozinha. E as chances de eu encontrar outros brasileiros no grupo são grandes (normal!).

No sábado, passei o dia em Cambridge e aproveitei para visitar o Botanic Garden com a Adriana (colombiana). O preço é £3.50 (estudantes) e £4 (adultos). Estava um dia lindo, ensolarado e, por incrível que pareça, bastante quente (passei o dia inteiro de camiseta). O Botanic Garden é muito grande e bonito, com várias espécies de flores, árvores, áreas para piquenique, estufas com plantas de outros países (como cactos e espécies tropicais), uma loja para comprar souvenir e um restaurante. Adorei o passeio! Como de costume, caminhei bastante e tirei várias fotos.


Antes de ir ao Botanic Garden, nós almoçamos no Café Brazil, o restaurante/lanchonete/mercado brasileiro que comentei há algum tempo. No sábado, eles servem feijoada e fui lá matar a saudade de arroz e feijão com cara de arroz e feijão. Pra completar a minha felicidade, tomei guaraná. Digamos que a comida não é tão boa assim, mas diante das circunstâncias virou um banquete. O arroz e o feijão são sem sal e apimentados, como tudo por aqui, mas o prato estava bem gostoso. Tinha farofa (pronta, lógico) e pão de alho. Se eu não viajar, no meu último final de semana quero dar um pulo lá novamente.


Amanhã, vou almoçar com uma japonesa. Ela chegou na Kaplan semana passada e estava na minha turma (upper intermediate), mas como mudei pro advanced e pra manhã, não nos encontramos mais pela escola por causa dos horários. Porém, ela me adicionou no facebook essa semana e me chamou para almoçarmos juntas, pois quer praticar o inglês comigo. Adorei a ideia! Falando em japoneses e coreanos, às vezes é um pouco difícil conversar com eles, porque o sotaque é bem diferente, mas eles são inteligentes demais, sabem tudo de gramática e vocabulário. Várias palavras que a maioria da turma não faz ideia do significado, pode apostar que eles sabem.


O tempo aqui é mais louco que Curitiba. Perdi a conta de quantas vezes choveu e abriu sol hoje em Cambridge. Está ensolarado, de repente fica tudo escuro e cai o mundo. Quinze minutos depois, sol novamente.


Meu companheiro de viagem encontrou um guia super completo para baixar de graça na internet. Tem várias informações, mapas, pontos turísticos, etc, de muitas cidades. Super recomendo! Segue o link para quem tiver interesse:
http://www.365diasviajando.com/download-guia-de-turismo


SAUDADES!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mochilão pela Europa

Olá, galera! Conforme comentei, lá vai o post especial sobre mochilão. Na verdade, ainda não tenho muita coisa pra falar, porque ainda não vivi na prática essa aventura, mas tenho várias dicas sobre preparação. Vou dividir em tópicos e espero que ajude futuros mochileiros.



Roteiro: Por ser minha primeira viagem pra Europa, optei por visitar os lugares mais famosos, como Roma, Paris e Amsterdam. Nesse caso, o principal cuidado foi começar pela Itália ou Espanha, assim é possível contornar o Mar Mediterrâneo e evitar uma viagem muito longa ligando esses dois países. O ideal é começar em Madrid ou Roma, optei por Roma. Depois, fiz uma lista de cidades que gostaria de conhecer e pesquisei se havia linhas de trens entre elas, o tempo de viagem e os horários. Com isso em mãos, fechei o roteiro (Roma – Pisa – Milão – Veneza – Munique – Amsterdam – Paris – Barcelona Madrid). Antes de resolver o roteiro, tem uma decisão muito importante a ser tomada: conhecer bem poucas cidades ou visitar muitas cidades e ficar poucos dias em cada uma. Fiquei com a primeira opção e eliminei algumas cidades do roteiro. Vou ficar quatro dias nas capitais e de dois a três dias nas cidades menores.

Albergues: Reservar os albergues é tranquilo. Recomendo os sites HostelBookers e HostelWorld, que oferecem pesquisa por data e por cidade. Os dois são super completos, com várias informações dos albergues e hotéis, fotos, preços, opções de quartos, o que cada um oferece, etc. Nesses sites é possível fazer a reserva com cartão de crédito. Eu usei somente o HostelBookers e deu tudo certo, recebi as confirmações na mesma hora no e-mail.

Trem: Bem, os trens causam um pouco de estresse. Há várias opções bacanas de passes nos sites Eurail e Rail Europe. O problema é que muitos trechos exigem reserva de assento (serviço cobrado à parte), e essa reserva não pode ser feita por internet, só através de agências de viagens ou nas estações de trem na Europa. Como vou viajar no começo da alta temporada e não posso correr o risco de ficar sem assento nos trens noturnos, pois reservei os albergues e planejei toda a viagem contando com isso, comprei o passe e reservei os assentos noturnos com uma agência de viagens no Brasil. Além dos trechos noturnos (Veneza/Munique, Munique/Amsterdam e Paris/Barcelona), também já reservei o trecho Amsterdam/Paris. Os outros trechos, como são curtos e têm trem direto, vou apenas com o passe e optei por viajar de manhã cedinho. Quanto aos trens noturnos, algumas pessoas recomendaram pegar cabine com cama, ao invés de assento reclinável (opção mais barata), porque a viagem leva mais de 10 horas e equivale a uma noite de sono, lembrando que no outro dia preciso estar inteira pra caminhar muito.

Avião: Todo mundo fala que avião na Europa é barato, e de fato é. As companhias que operam dentro do continente sempre lançam promoções super legais. O único problema pra quem faz mochilão é a questão da mala. Nesses aviões, você pode embarcar somente com uma mochila ou mala de pequeno porte, ou paga um valor adicional. Então, acaba não compensando, além de ser muito mais legal viajar de trem.

Visa Travel Money: Essa foi, com certeza, a melhor invenção de todos os tempos pra quem viaja pro exterior. O Visa Travel Money é um cartão de débito que passa em qualquer máquina com bandeira Visa. A compra é descontada na mesma hora, de acordo com o câmbio do dia e, o melhor de tudo, sem nenhum imposto. Há várias opções de moeda, como dólar, euro e libra. Eu fiz o meu em euro por causa do mochilão, mas ele funciona normalmente aqui na Inglaterra, que trabalha com libra. Ele é um cartão recarregável, que você coloca dinheiro à medida que precisa, além de ser possível sacar dinheiro com ele (para colocar crédito e sacar é cobrada uma taxa). Mais informações, como valor e onde pode ser feito, no site.

Guia: Como contei no começo da viagem, comprei um guia super completo da Europa. Adorei ele! Tem várias informações, dicas de passeios, valores, horário de funcionamento dos principais pontos turísticos, sugestões de restaurantes, etc.

Frommer’s Europa – Guia Completo de Viagem

Editora: Alta Books – Tradução da 10ª edição




Obs.: O post foi escrito em primeira pessoa, mas eu não estou sozinha nessa aventura, muito pelo contrário, estou muito bem acompanhada!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

era uma vez Londres

'Quando um homem se cansa de Londres, ele se cansa da vida, pois em Londres está toda vida que se pode querer!'


Samuel Johnson disse tudo! No domingo, despedi-me de Londres com o coração apertado, pois sabia que era meu último dia como turista na capital inglesa (voltarei lá somente pra pegar o avião pra Roma). LONDRES É LINDA, É MODERNA, É ANTIGA, É CULTURA!! Vou embora da Inglaterra com a certeza de ter aproveitado da melhor forma possível o tempo em uma das cidades mais importantes do planeta. Visitei diversos pontos turísticos e museus, tirei muitas fotos, caminhei pelos parques, andei de metrô e fiz o passeio de barco no Rio Tâmisa. Confesso que nunca tive o sonho de conhecer Londres. Até ontem, ela não estava na lista de cidades que eu tenho vontade de visitar. Hoje, afirmo: todo mundo PRECISA conhecer Londres!



No domingo, viajei pra Londres com uma excursão (de cinco pessoas, mas era uma excursão / de cinco pessoas, duas eram brasileiras / sim, vamos dominar o mundo!). Nos encontramos na estação de trem aqui em Cambridge e o guia explicou alguma coisa, mas não prestei atenção e só segui todo mundo. Quando vi, entramos em um ônibus muito antigo e imaginei que fossemos com ele até Londres, fiquei revoltada, porque comprei a viagem de trem, que leva metade do tempo. Mas uns 20 minutos depois, paramos em uma estação no meio do nada e pegamos o trem, provavelmente estava com algum problema nos trilhos entre Cambridge e essa cidade aqui perto (ufa!).

Em Londres, pegamos o metrô e fomos direto pro Palácio de Buckingham (isso depois de uma alemã retardada fazer o maior escândalo pra bater uma foto no lugar onde eles filmaram ‘Harry Potter’ na estação de trem em Londres) tentar ver a troca de guardas. Isso, tentar ver, porque o guia era um chato e não parava de caminhar. No final, ele explicou que era muito aglomero e não valia a pena ficar ali, vimos só os guardas chegando e fomos embora. Caminhamos, caminhamos e caminhamos por um parque, passamos por mais algumas construções importantes e paramos para tirar fotos no Big Ben e no London Eye. Depois, quem quisesse, podia pagar e fazer o passeio de barco pelo Rio Tâmisa. Como eu já tinha feito quando fui a Greenwich e a Adriana (colombiana) pretende fazer mais pra frente, resolvemos almoçar com tempo (no Mc Donald’s, claro!) e visitar a Trafalgar Square.



À tarde, seguimos pro Madame Tussauds (museu de cera). CARA, É DEMAIS! Chegamos, compramos os tickets e subimos um milhão de escadas. Entramos em uma sala cheia de personalidades do cinema, como Leonardo di Caprio, Nicole Kidman e Tom Cruise. Porém, as três espertas demoraram pra compreender o funcionamento do museu. Quando já estávamos reclamando de só ter aquilo pra ver, enxergamos uma flecha lá no cantinho e entendemos que o museu é dividido em andares (uau!), cada um sobre um assunto, como esporte, personalidades históricas, cinema, terror, etc. Pra tirar foto é uma confusão, nas principais personalidades tem fila e empurra empurra, mas vale a pena! Na ala do horror, tem um corredor do terror com atores vivos. E depois de passar por todas as alas, você pode entrar em um carrinho (tipo esses carrinhos de trem fantasma), que imita um táxi londrino, e visitar uma ala que reconta a história da Inglaterra. Por fim, tem uma parte só sobre desenhos (que é preciso pagar separado - £2,70). Recomendo muito pagar e entrar, porque no fim tem um cinema 4D. Tudo bem que o desenho é super curtinho (mais ou menos 20 minutos), mas os efeitos são demais (o chão treme, faz vento no cabelo, a cadeira tem dispositivos, etc). Quanto ao ingresso pro Madame Tussauds, eu paguei £20, mas esse valor é promocional para grupos. O valor inteiro acho que é £28. E tem o mesmo museu em Amsterdam! Ihul!



A saída do museu e volta pra Cambridge foi uma comédia. Vou explicar por partes:

1. Como fomos com uma excursão e pagamos a passagem de trem mais barata, precisávamos voltar todos juntos, porque se alguém parasse a gente na estação, tínhamos que nos apresentar como grupo. Detalhe: o guia não avisou isso antes.

2. A excursão marcou de sair do museu às 16h40, mas chegamos lá super tarde. Na hora de ir embora, eu, Denise e Adriana não tínhamos nem terminado de ver os bonecos. Então, como o passe de trem pode ser usado em qualquer horário, decidimos ver tudo com calma e voltar pra Cambridge mais tarde.

3. Lá por 18h, quando estávamos saindo do museu, o guia nos liga perguntando onde a gente estava e dizendo que tínhamos que estar na estação de trem até 18h50 (horário do próximo trem pra Cambridge). Detalhe: a gente sabia que tinha uma estação de metrô perto, mas não sabíamos como chegar em King’s Cross.

4. Saímos correndo do museu, olhamos nosso mapa e conseguimos nos localizar. Pegamos dois metrôs e estavámos em King’s Cross às 18h30. Depois dessa (e depois de atrasar a excursão diversas vezes por parar bater foto), o guia nunca mais vai querer estudantes brasileiros no grupo!


Na segunda-feira, tivemos prova de nível na Kaplan, que acontece a cada quatro ou cinco semanas e, se você fizer mais de 75% da prova, pode subir de nível. Foi minha primeira e única prova, e consegui subir pro avançado. Começo semana que vem na nova turma.


Essa semana, fiquei realizada em Cambridge! Finalmente, encontrei o Cafe Brazil que os brasileiros sempre comentam. É um restaurante/loja que vende produtos brasileiros. Eu e a Iara fomos lá um dia depois da aula e quase abraçamos a dona do lugar quando vimos bis, pão de queijo, biscoito de polvilho, sonho de valsa, feijão preto e guaraná. Todo sábado tem feijoada! Essa semana, finalmente, vou comer arroz e feijão. Na verdade, pelo que entendi, a dona é portuguesa e a feijoada não é uma FEIJOADA de verdade, mas tá valendo!


SAUDADES, BRASIL! SAUDADES, COMIDA DO BRASIL!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

uma aventura chamada Punting

Olá, Brasil! No sábado, finalmente, fiz o famoso PUNTING em Cambridge. Na verdade, não fiz o FAMOSO PUNTING, fiz um punting mais modesto. Vamos por partes, punting é um passeio de gôndola (tipo em Veneza) pelo rio. Porém, o verdadeiro punting passa por trás das principais escolas e universidades da cidade. No sábado, o passeio era gratuito com a escola e fomos pro outro lado do rio. Além disso, não tinha o cara conduzindo a gôndola, ou seja, um de cada grupo era responsável por fazer esse serviço. Detalhe: essa pessoa precisava ir de pé, na ponta do barco, pegando impulso no fundo do rio com um pedaço de metal gigante. Óbvio que o resultado de tudo isso foi muita risada e aventura.



Acordei, tomei meu super café da manhã de sábado (torrada com peito de peru e alface, acho que é a refeição que eu mais gosto aqui na casa) e peguei o ônibus pro centro. Pra completar a aventura, estava ventando muito, frio e nublado, super legal! Encontrei a Adriana (colombiana) na frente do shopping e partimos pro ponto de encontro. Tinha vários alunos e precisamos nos dividir em grupos de seis. Pra começar o punting foi uma comédia, todas as gôndolas se batendo, um tentando empurrar o outro, muita risada! Aí começamos a nos afastar e ficou mais fácil. O problema é que tinha muitas árvores no meio do caminho e a gente não tinha a menor noção de como conduzir aquele barco, então íamos parar embaixo das árvores, uma gôndola batia na outra, fora os sustos cada vez que alguém fazia um movimento mais brusco. A Adriana não sabe nadar e estava morrendo de medo. Uma hora, o Camilo (colombiano) estava conduzindo e parou pra ver uns patos no meio do rio, mas os animais começaram a vir na nossa direção e eram enormes. Eu e as meninas morrendo de medo de ser bicadas, e ele achando todos os patos super amigáveis. Mas o mais engraçado era quando a pessoa dava um impulso muito forte e o pedaço de metal ficava cravado no fundo do rio, enquanto a gôndola ia pra frente, tínhamos que dar um jeito de voltar e pegá-lo. Resumindo, o passeio foi super divertido. Esse final de semana, quero fazer o punting verdadeiro, que passa pelos pontos turísticos e com um guia, conhecer o Jardim Botânico e alguns museus de Cambridge, além de bater fotos da cidade.



Depois do punting, encontrei um grupo de brasileiros e começamos nossa saga em busca de comida em Cambridge. Todos queríamos comer comida de verdade, nada de lanches. Almoçamos em um restaurante ali por perto. Eu pedi uma batata recheada com camarão e cream cheese, mas não gostei muito não, o recheio era frio e não tinha gosto de camarão de verdade. Enfim, a batata em si era gostosa e matou a fome. Após o almoço, eu e o Paulo (brasileiro) fomos a um supermercado gigante aqui em Cambridge. Finalmente, encontrei um mercado de verdade nessa cidade (aqui no centro, só tem mercadinhos super pequenos), com várias opções de comida, bebida, eletrônicos, roupas, etc. O único problema é que é longe pra caramba, tem que sair de Cambridge pra chegar lá, mas valeu a pena. Comprei várias coisinhas gostosas e nada saudáveis, como bolacha, chocolate, salgadinho, iogurte, e meu estoque de porcarias está renovado.



Depois, vim direto pra casa, estava super cansada e morrendo de frio. Dormi um pouco e acordei com a srilankanesa me chamando pra jantar. No domingo, visitei Londres e o famoso museu de cera (Madame Tussauds – muito legal!), o próximo post será sobre essa viagem. Também estou preparando um post especial sobre mochilão, com dicas de organização e planejamento para aventureiros de primeira viagem.

Acabei de reparar que Elsève se chama Elvive aqui!

SAUDADES!



‘Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas!’

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Stratford-upon-Avon, Warwick Castle e outras coisinhas

Oioioi! E aí? Como estão todos no Brasil? Aqui está tudo maravilhoso! Além de ter esquentado um pouco, essa semana completei metade do curso, tenho só mais quatro semanas de inglês e aí partiu mochilão! No domingo, viajei para Statford-upon-Avon, cidade natal do William Shakespeare, e visitei também o Warwick Castle, localizado na cidade de Warwick. Como eu estava super cansada do passeio em Londres no sábado, perdi a hora no domingo e tive que sair correndo de casa, mas cheguei na hora pra pegar o ônibus.

Dessa vez, não tinha a tia da excursão. Foi apenas o motorista, que falava super sussurrado no microfone (parecia que tava morrendo), e a gente não entendia quase nada. Dormi um pedaço da viagem, porque tinha um alemão muito chato no banco do lado, que nós apelidamos carinhosamente de Pernalonga (segundo ele, ele precisava sentar nos últimos bancos do ônibus, porque as pernas dele são muito longas e lá é mais espaçoso / detalhe: ele ficou dando em cima de uma espanhola a viagem inteira).

Ficamos, mais ou menos, 2h30 em Stratford-upon-Avon. Sinceramente, não achei a cidade muito interessante. Tem a casa do Shakespeare, outras construções relacionadas à sua história, igreja, cemitério, mas nada muito diferente, além de ser bem pequena. E o tempo também estava feio nesse dia, alternando sol e chuva, o que pode ter estragado um pouco a beleza do lugar. Eu, Erika e Adriana caminhamos bastante, tiramos fotos, almoçamos no Mc Donald’s e voltamos pro ônibus. Achei interessante as estátuas vivas brincando com as pessoas na avenida principal, mas me disseram que irei encontrar muito disso, principalmente na Espanha. A casa do Shakespeare é bem simples, no centro da cidade, e para conhecer por dentro precisa pagar, optamos por não entrar. Aliás, como comentamos entre nós brasileiros, os ingleses transformam tudo em turístico e sabem ganhar dinheiro em cima disso. Tudo precisa pagar para entrar, para usar os fones com as explicações, até mapa e folheto explicativo de museu eu vi eles cobrando (National Gallery).



Ainda bem que o Warwick Castle salvou a viagem! Chegamos lá 14h30 e tivemos duas horas para passear lá dentro. Mais uma prova de como eles sabem explorar turista: você paga a entrada do castelo, mas várias atrações lá dentro é preciso pagar à parte e, obviamente, não estão inclusas no valor da excursão. Enfim, o castelo é muito lindo e super interessante. Em uma das alas (gratuita!), tem uma espécie de museu de cera que reconstitui cenários de antigamente, ADOREI (e adorei também o fato de poder tirar fotos). Depois subimos nas torres da princesa e a vista lá de cima é maravilhosa, de um lado a cidade, do outro o castelo. O único detalhe é as escadas em caracol, super escuras e apertadas, mas vale a pena!



Depois, cansadas de caminhar, sentamos na grama. No campo em frente, aconteceu uma apresentação em que eles arremessavam uma bola de fogo através de um negócio de madeira gigante. Bem legal! Havia várias famílias lá sentadas passando o dia, acho que a entrada só pro castelo, sem as atrações, é bem barata. Voltamos pra Cambridge às 17h.

Amanhã, farei o famoso Punting em Cambridge com a escola. É um passeio de gôndola (tipo em Veneza) que passa pelos principais pontos turísticos da cidade. Domingo, estou indo pra Londres novamente, dessa vez com uma excursão que passará pelos principais pontos turísticos. Quero aproveitar pra visitar o Madame Tussaud’s (museu de cera).


Coisinhas

Nessa quarta-feira, fui a um night club (Fez Club) com alguns amigos. Antes, fizemos um esquenta na residência estudantil e tinha praticamente só brasileiros (normal!). Depois, lá por meia-noite, fomos pra festa. Achei a balada bem parecida com o Brasil, tocou praticamente só música eletrônica (a maioria das músicas é em inglês, toca algumas em espanhol e em português só o funk do filme “Tropa de Elite”, que, segundo o pessoal, toca em todas as baladas aqui), as pessoas dançam de um jeito muito esquisito e algumas roupas são muito engraçadas, tinha uma menina maquiada que nem a Emilia do “Sítio do Pica Pau Amarelo”. Aliás, as meninas aqui saem com roupas MUITO curtas e SUPER decotadas.

Apesar de ter esquentado bastante, o vento aqui em Cambridge impede de sair na rua de blusinha e shorts. Ele é muito gelado e surge de repente. Dá uma esquentada, a temperatura fica agradável e do nada começa a ventar demais. Não vejo a hora de desembarcar na Itália e usar todas as minhas blusinhas, porque aqui sem moletom não dá.

Ontem, o professor da última aula resolveu levar a gente pro museu e fazer algumas atividades em grupo pelas salas e galerias. Perdemos alguns minutos até chegar ao museu e como ele fechava às 17h (se o lugar fecha às 17h, às 17h em ponto eles mandam todo mundo embora e fecham as portas), tivemos apenas metade da aula pra fazer os exercícios e acabamos não fazendo quase nada. O mais engraçado foi quando, na hora da correção, o professor disse que a galeria da primeira atividade estava fechada, então não tinha como fazer, mas eu e o meu grupo fizemos o exercício (a gente precisava encontrar o nome das obras e o autor a partir de uma descrição). A gente bem que comentou que a descrição não batia exatamente com os quadros que encontramos, mas...

O maior problema aqui é, com certeza, a comida. Não vejo a hora de voltar pro Brasil e comer comida de verdade, arroz, feijão, churrasco, strogonoff, macarrão, lasanha... Os ingleses não sabem temperar, não colocam sal, tudo tem um gosto meio doce e eles enchem de pimenta. Acho que agora a srilankanesa começou a perceber o que eu gosto e o que eu não gosto. Ela faz bastante macarrão com legumes ou frango, arroz (‘unidos venceremos’ e totalmente sem gosto) com frango e sanduíche. Mas, geralmente, saio da aula e como alguma coisa antes de chegar em casa (Subway ou Mc Donald’s). Aqui, eles costumam jantar bem cedo, lá pelas 19h, mas vi que o iraniano jantava lá pelas 20h30 e pedi pra começar a comer nesse horário também.

O trânsito aqui é uma das coisas que mais chama a atenção. As pessoas são muito educadas, andam devagar, esperam os outros e dão a vez, respeitam as bicicletas e os pedestres, tudo funciona direitinho. Aliás, tem muito pouco carro nas ruas (o que resulta em poucos postos de gasolina, só vi um até agora em Cambridge) e muita bicicleta, mas muita bicicleta mesmo! Acho engraçado ver as pessoas nas bicicletas darem sinal com o braço avisando que vão virar. Aqui, o motorista dirige do lado contrário e eu ainda não acostumei com isso, nunca sei pra que lado preciso olhar. Por garantia, olho pros dois!

SAUDADES, BRASIL!

‘quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar’

segunda-feira, 9 de maio de 2011

turista em Londres!

Esse final de semana, tive uma ideia do que me espera em junho/julho durante o mochilão. Tive meu dia de turista em Londres e só digo uma coisa: vida de turista cansa! Na sexta-feira à noite, o André (brasileiro) e o Gonzalo (espanhol) me convidaram pra ir a Londres de trem no sábado. A viagem é super rápida (50 minutos) e barata (pagamos £22 ao todo). No final de semana, tem promoção se você vai e volta no mesmo dia. Você paga apenas a ida (£16) e a volta é grátis. E por mais £6, você pode andar à vontade por todos os metrôs de Londres, tudo isso com o mesmo ticket, super fácil e prático.

Nos encontramos na estação de trem de Cambridge às 7h45 e pegamos o trem das 8h10 pra Londres. Chegamos lá um pouco depois das 9h e o detalhe mais divertido de toda essa aventura é que nenhum de nós esteve em Londres antes, tirando meu passeio de barco pelo Rio Tâmisa no dia da viagem pra Greenwich. Ou seja, tínhamos um livrinho com um mapa da cidade, um mapa do metrô e uma lista de locais bacanas pra conhecer feita pelas nossas amigas italianas. E lá fomos nós!!

Assim que chegamos à estação de King’s Cross, pegamos um metrô até o centro da cidade. (pausa para falar do metrô) Andar de metrô em Londres é fácil demais, e imagino que será assim nas outras cidades da Europa. É tudo muito bem explicado, sinalizado, tem metrô de minuto em minuto e as pessoas são super educadas. Voltando ao passeio, nossa primeira parada foi na Piccadilly Circus, uma das praças mais famosas de Londres.



Depois, caminhamos um pouco e encontramos a National Gallery, museu que reúne obras de grandes artistas e a entrada é gratuita. Passeamos pelas salas e é, realmente, muito bonito. Parece que a tinta dos quadros ainda está fresca, as expressões das pessoas e os detalhes são perfeitos, fiquei impressionada com o tamanho de algumas obras e ficava imaginando como eles conseguiram pintar aquilo, também é interessante reparar nas roupas e nos acessórios utilizados pelos reis e rainhas antigamente. Com certeza, vale muito a pena a visita!



Depois, tiramos algumas fotos na frente da National Gallery, onde tem uma praça (Trafalgar Square) linda com os famosos leões gigantes de Londres, um chafariz e, bem ao fundo, o Big Ben, que seria nosso destino seguinte. Como eu sabia que o Big Ben se localiza na margem do rio, seguimos em direção a ele, pois a vista é muito mais bonita. Em poucos minutos, estávamos no Big Ben (nós e mais um bando de turista, o que dificulta um pouco na hora de tirar fotos, porque todo mundo quer pegar o melhor ângulo). Ainda de manhã, resolvemos atravessar pro outro lado do rio e caminhar um pouco, antes de seguir pra St Paul’s Cathedral. Encontramos até um artista fazendo desenhos na areia!



Caminhamos, caminhamos, caminhamos e chegamos à Catedral de São Paulo, onde a Lady Diana e o Príncipe Charles se casaram, em 1981. A arquitetura é linda, assim como todas as igrejas da Inglaterra. Como precisava pagar para visitar dentro e da entrada principal já dava pra ver bastante coisa, decidimos não entrar e fomos procurar alguma coisa pra comer. Parada no Mc Donald’s para recuperar as energias e viva o Big Mac completo por £4.39. Reparei que a cidade está com várias construções em andamento, provavelmente porque ela será a sede dos Jogos Olímpicos ano que vem.



Cansados de tanto caminhar, pegamos um metrô pra Oxford Street e pro British Museum. O Museu Britânico é um dos lugares mais impressionantes que já visitei. Enorme e gratuito (o que é muito legal, além do fato de ser permitido fotografar lá dentro). Ele é dividido em várias salas com temas diferentes, como Egito Antigo, Japão, Mesopotâmia, América do Norte, etc. A arquitetura do lugar é linda e foi a aula de história mais interessante que já tive. As múmias e os corpos do Egito Antigo, alguns muito bem conservados, são surpreendentes, além de todos aqueles objetos que nos levam a imaginar como era a vida há tantos anos.



Antes de caminhar pela Oxford Street, considerada a avenida comercial mais movimentada de toda a Europa, paramos em uma Starbucks descansar e tomar algo. Aliás, tem Starbucks em cada esquina de Londres. Outra coisa que reparei aqui é que todas as cidades, por menor que seja, tem Mc Donald’s, Subway e Starbucks.

Lá pelas 16h, pegamos o metrô para Notting Hill, um distrito residencial de Londres. Fiquei encantada com as casas em estilo vitoriano, os parques e a organização de tudo, me senti dentro de um filme. Passeamos pelo Hyde Park, encontramos um palácio e outro monumento bem interessante pelo caminho, tiramos mais algumas fotos e, como era de se esperar, estávamos muito cansados de tanto caminhar, loucos para encontrar uma estação de metrô e seguir pra estação de trem. Imagine a nossa felicidade quando descobrimos que o metrô ia direto pra King’s Cross e não precisaríamos trocar em nenhuma estação. Pegamos o trem para Cambridge às 19h45.



Resumindo, o dia foi lindo, valeu muito a pena e Londres é encantadora! No domingo, fui pra Stratford, cidade natal do Shakespeare, conto mais no próximo post!


Observações:

- O clima esquentou!

- Kit Kat é a oitava maravilha do mundo!

- Encontrei Doritos laranja aqui, que tem o mesmo gosto do antigo Doritos verde no Brasil. Tô realizada!

- Nunca mais caminho tanto de All Star, tô com bolha embaixo do pé!

- Adorei meu plano de celular e os 200 minutos grátis com o Brasil foram muito bem aproveitados!

- Para mais informações sobre cada local, basta clicar no link e viva a Wikipédia!


SAUDADES!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Stonehenge e Bath

Oiii!!! Como comentei no post anterior, no último domingo, visitei Stonehenge e Bath. Fomos eu, André (brasileiro), Gonzalo (espanhol) e Aymara (espanhola). Como era domingo e os ônibus só começam a circular em Cambridge depois das 9h, fui, novamente, caminhando até o ponto de encontro. Mas, dessa vez, sentei com calma e vi o caminho certinho que precisava fazer, já que da outra vez entrei em várias ruas desnecessárias e precisei pedir informações algumas (leia-se muitas) vezes. O trajeto é simples demais e a minha noção de direção realmente me surpreende. Porém, como não queria correr o risco de perder o ônibus, acordei 5:40. No dia anterior, eu expliquei pra srilankanesa (sim, eu desisti de aprender os nomes, mas sei que o iraniano se chama Cameron, pelo menos é assim que pronuncia) que viajaria super cedo e ela podia deixar meu café da manhã em cima da mesa na cozinha e a chave na porta que eu me virava. Mas ela argumentou que acorda cedo e que eu não precisava me preocupar. Ok! Na manhã seguinte, nada de café na mesa, armário trancado com cadeado (sim!) e nada de chave na porta, eu pronta pra sair e nem sinal deles, tive que acordar os srilankaneses! Mas, no final, deu tudo certo e eu cheguei tranquila na estação de polícia encontrar a excursão.

Nem preciso escrever aqui que dormi praticamente a viagem inteira até Stonehenge. Quando acordei, nós estávamos chegando e da estrada já era possível avistar as pedras. Ficamos apenas 1h30 lá, o suficiente, pois não tem muito o que ver além do monumento, que é simplesmente incrível! Infelizmente, não é permitido caminhar no meio dele, porque o caminho é todo demarcado. Então, demos a volta em torno dele, tiramos várias fotos, tomamos um chocolate quente e voltamos pro ônibus. Como a maioria dos lugares turísticos aqui, ganhamos um aparelhinho para escutar as explicações, o que dispensa o acompanhamento de guias. Pra variar, tinha vários idiomas, menos português.



Stonehenge é um daqueles lugares que você conhece e nunca mais esquece, talvez pelo fato de, até hoje (e, provavelmente, pra sempre), ser uma grande incógnita. Como eles construíram aquilo? Da onde vieram aquelas pedras gigantes? Qual o objetivo e por que aquela disposição? É, realmente, surpreendente! As pedras são muito grandes e o lugar é lindo!

Depois, viajamos mais uma hora até Bath. Uma cidade encantadora, essa definição resume Bath. Assim que chegamos, fomos conhecer os Banhos Romanos (entrada: £12 – a entrada de Stonehenge estava inclusa no pacote), que são grandes piscinas públicas construídas pelos romanos (mais explicação nos links). A construção é muito interessante, dentro tem uma espécie de museu com objetos antigos e também é possível passar por alguns locais que mostram a estrutura dos canais. Assim como Stonehenge, ganhamos aquele aparelhinho para ouvir a explicação de cada ponto. Dessa vez, também tinha uma folha em português com as explicações. O mais engraçado foi a tia da excursão pedindo pra gente, de modo algum, tomar a água dos Banhos Romanos. Motivo: como dizem que ela tem propriedades curativas e medicinais, muitas pessoas bebem. Detalhe: a água é verde! Lógico que não bebi, mas tive que colocar a mão e ela é super quentinha.



Depois, fomos passear pela cidade, pela margem do rio e pelo centro. Como a maioria das cidades aqui, Bath tem uma catedral linda e a arquitetura é surpreendente. Dizem que a cidade foi construída em um dos locais mais nobres da Inglaterra (a distância até Londres é de 119 km).



Esse final de semana, eu ia pra Oxford, mas me falaram que não tem nada muito interessante pra ver lá. Na verdade, é praticamente a mesma coisa que Cambridge. Então, conforme recomendação de várias pessoas, troquei de passeio e vou para Stratford (cidade natal do Shakespeare) e Warwick Castle.

SAUDADES!


“Uma longa viagem começa com um único passo” – hoje eu tenho CERTEZA disso!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Notícias do lado de cá...

Olá!! Podem ficar calmos, ainda não congelei em Cambridge!! Como tenho bastante coisa pra contar, dividi em tópicos o post, divirtam-se!

Clima: CARA, TÁ FRIO DEMAIS AQUI! Na primeira semana, o clima estava super agradável, eu andava de camiseta e jaquetinha pela rua. Mas semana passada esfriou demais e o vento aqui é muito gelado. Por enquanto, estou me virando com as roupas que eu trouxe, mas se não esquentar essa semana, vou ter que comprar mais camisetas de manga longa e uma básica de lã. Sorte que tudo tem calefação, o ônibus, as salas de aula, as lojas, os restaurantes... é aquilo que todo mundo diz: “A Europa é preparada pro inverno, o Brasil é preparado pro verão”. As janelas aqui são pequenas e todas as casas têm calefação. O mais engraçado é que, enquanto os estrangeiros morrem de frio e andam encolhidos pelas ruas, os ingleses estão de camiseta, shorts, sandália, vestido, inclusive as crianças. Ou eles gostam de passar frio, ou nós que somos loucos de sentir tanto frio.

Farmácias: Gente, tenho um novo hobbie aqui na Inglaterra, passear nas farmácias. Sério, elas são o paraíso! As farmácias aqui vendem todas as marcas super famosas de perfumes, maquiagens e produtos de beleza, como Dior, Hugo Boss, Lacoste... me sinto no Duty Free do aeroporto. E a variedade de produtos é enorme, os esmaltes são lindos, o cheiro de perfume é delicioso e tem maquiagem pra todos os gostos, os últimos lançamentos. E o preço, então? Muito barato! Hoje, visitei outra com as duas colombianas e fiquei encantada. E o que me deixa mais feliz é saber que os espanhóis acham as coisas caras aqui, ou seja, no resto da Europa (que usa o Euro) os produtos devem ser ainda mais baratos. Hoje também entrei em uma loja esportiva e encontrei tênis da Nike, Adidas, Puma variando de £25 a £50.

PUB: Na quinta-feira, eu, Adriana (colombiana), Stela (colombiana) e Érica (brasileira) decidimos encarar o frio de frente e fomos a um pub à noite. E carregamos uma tailandesa (óbvio que eu não faço ideia do nome dela) com a gente. Era o último dia dela aqui e ela nunca tinha saído em Cambridge. Na verdade, ela nunca tinha saído na vida e nunca tinha bebido nada alcoólico. Pelo que entendi, ela tem 18 anos e na Tailândia é proibido. Imaginem a empolgação da menina! Foi muito engraçado. E ela é super tímida, fala bem baixinho, toda pequenininha, fofinha. No pub encontramos nossos amigos coreanos e a noite foi super divertida, conversamos e rimos bastante. Os pubs aqui são super parecidos com os barzinhos no Brasil, a decoração, as bebidas, as comidas. A principal diferença é o fato de abrir e fechar cedo. Além disso, você não paga para entrar e precisa comprar as coisas diretamente no balcão (pelo menos os dois pubs que eu fui era assim, nada de fichas ou coisas do gênero). Então, quem quer sair e voltar pra casa mais tarde, segue depois pra algum night club (que também fecha cedo em relação ao Brasil). E aqui as pessoas não têm costume de comer quando saem da balada, não há lojas de conveniência 24h, lanchonetes, nada disso. E o pior de tudo, as lojas (inclusive os shoppings) fecham entre 17h30 e 18h (menos na quarta-feira, que o shopping fecha às 20h). Como falamos na aula, o povo aqui não gosta de ganhar dinheiro.



Ely: Na sexta-feira (feriado aqui por causa do casamento do príncipe), último dia da Gabi em Cambridge, fomos até Ely, uma cidadezinha super fofa aqui do lado, passar a tarde. Nos encontramos na estação de trem, compramos o ticket (apenas £4 ida e volta) e partimos. Pela primeira vez, andei de trem na Europa e amei. Como tudo aqui, os trens são muito pontuais e confortáveis, além de a paisagem ser maravilhosa daqui até lá e a viagem super curtinha (mais ou menos 15 minutos). Chegamos em Ely e fomos direto conhecer a Igreja, principal atração. Porém, no meio do caminho, vimos um rio e resolvemos fazer um passeio rapidinho de barco (30 minutos por £5). Depois, seguimos pra Igreja e ela é realmente linda! A arquitetura é maravilhosa e a construção super imponente. A cidade também é bem bonita, super organizada, limpa, tem um centro bem pequeno e havia várias pessoas reunidas na praça na frente da Igreja para festejar o casamento do príncipe (aliás, toda a cidade estava decorada com bandeirinhas da Inglaterra). Depois, passeamos mais um pouco, tiramos algumas fotos e decidimos ir ao mercado comprar algumas coisas antes de pegar o trem de volta. Com certeza, recomendo esse passeio para quem está em Cambridge, vale a pena conhecer essas cidades menores, sempre tem alguma construção interessante. Aproveito para deixar registrado aqui meu ‘muito obrigada’ pelo apoio, pelas dicas, pela ajuda, pelos e-mails... Gabi, bom retorno ao Brasil e espero te encontrar novamente em breve! Você é uma fofa e fará falta do lado de cá do Atlântico.



Piquenique: No sábado, como ficamos por Cambridge, eu, Stela (colombiana), Adriana (colombiana), Ted (coreano) e Su (coreana – certeza que não é assim que escreve o nome dela, mas é assim que pronuncia) resolvemos fazer um piquenique no parque central da cidade. Levamos bolacha, refrigerante, salgadinho e bolo, e passamos a tarde lá conversando e ouvindo música. Foi muito legal, nem o vento estragou a tarde, que estava ensolarada. Como sempre, o parque estava lotado. Conversamos sobre os nossos países, costumes, cantores, e o Ted e a Su ficaram de levar comida coreana no próximo piquenique, provavelmente domingo que vem. Aliás, é muito engraçado, porque os dois têm uma camiseta do Brasil da Copa na Coréia, com os anos que o Brasil venceu o Mundial e nas cores verde e amarela. Então, toda vez que eles me veem, mostram a camiseta e começam a falar de futebol e Carnaval. Os dois são muito queridos, super simpáticos e nos comunicamos perfeitamente em inglês.



Troca de quarto: Hoje, precisei trocar de quarto aqui na casa. Eu estava em um quarto com duas camas, logo, um quarto para dois estudantes, mas sozinha, pois comprei acomodação individual no pacote. E o iraniano dormia em um quarto com uma cama. Porém, não sei por qual motivo, um amigo dele de infância que também estuda aqui em Cambridge quis mudar de casa e veio pra cá. Então, trocamos os quartos. Meu quarto novo tem as mesmas coisas que o outro (cama, escrivaninha, cadeira, espelho e armário), só é um pouco menor, tem uma vista muito mais bonita da janela e a cadeira é mil vezes mais confortável, além de ser mais perto do banheiro.

Domingo, visitei Stonehenge e Bath. Detalhes no próximo post.

SAUDADES DE TODOS!

Beijos, meu Brasil!