segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Road Trip: Minas Gerais

Neste final de ano fiz uma viagem rápida para Minas Gerais e gostaria de compartilhar com vocês, porque é um passeio lindo e que vale muito a pena. Visitamos o Parque Nacional da Serra da Canastra e a região das cidades históricas.



Reservamos um dia inteiro para a Serra da Canastra e a região é realmente muito bonita, mas a estrutura muito precária. A Serra recebe este nome porque tem o formato de um baú, e canastra é uma espécie de baú antigo. Na entrada tem uma guarita e precisa pagar R$ 8 por pessoa para passar o dia. Eles dão algumas ~mínimas~ instruções e um mapa péssimo. Depois, é tudo por sua conta e risco. Até tem algumas placas indicando os principais pontos, como a cachoeira Casca d’Anta e a nascente do Rio São Francisco, mas se você espera encontrar lugares para comer, informações turísticas... esquece! Infelizmente, além de a estrutura deixar muito a desejar, principalmente se compararmos com os parques de outros países, a estrada é péssima, mas PÉSSIMA mesmo. Não são buracos, são crateras gigantescas, desníveis enormes. Sério, tem que ir com um carro bom, de preferência com tração nas quatro rodas, e cuidar com a época das chuvas, porque vários trechos ficam intransitáveis.


Porém, apesar da falta de estrutura, o parque é lindo e vale a visita. Passamos nos principais pontos e as vistas são maravilhosas. Estava um dia ensolarado e o lugar transmite muita paz, perfeito para renovar as energias e começar o ano com o pé direito. Há diversas cachoeiras para tomar banho na região. A Casca d’Anta, a mais famosa delas e considerada a maior queda do Rio São Francisco, é dividida em parte alta e baixa. As duas são legais, mas a parte baixa é bem mais bonita, porque você pode ver a queda inteira e a estrutura é melhor, com banheiros e espaços pra piquenique. Para os corajosos, é possível ir de uma até a outra por trilha, mas dizem que o trajeto é bem pesado e perigoso, só pra quem já tem prática mesmo. Falando nisso, na parte baixa, pelo menos no dia que nós passamos, não dava para chegar muito perto de carro, não sei se é sempre assim ou apenas por ser 1º de janeiro e estar cheio de gente, então tivemos que andar um bom pouco pra chegar até ela, mas valeu demais a pena. Outro lugar bem bacana de parar é a nascente do Rio São Francisco. Quem diria que um córrego daquele tamanho iria se transformar na grandiosidade que é o Rio, tão importante para o nosso país.

As cidades em volta da Serra da Canastra também não tem muita estrutura. Fizemos uma parada para ~tentar~ comer algo antes de visitar a parte baixa da Casca d’Anta em uma cidadezinha que não lembro o nome, e almoçamos sorvete numa ~tentativa de~ sorveteria, porque o único restaurante aberto na cidade não dava pra encarar. Então, o ideal é levar comida e bebida #ficaadica! Depois de encarar o parque, dormimos na cidade de Passos.






Na manhã seguinte cedo pegamos a estrada rumo às cidades históricas. Neste dia, almoçamos pão de queijo recheado na beira da estrada. Sério, gente, que coisa mais boa. Não vou lembrar o nome do lugar, mas é super comum em Minas e todo turista tem que experimentar. Eu comi de frango com catupiry e doce de leite ~muito amor~!

Voltando às cidades históricas, como não tínhamos muito tempo, escolhemos visitar as cinco principais: Ouro Preto (onde dormimos), Mariana (lindo nome), Tiradentes, São João Del Rei e Congonhas. De Passos até esta região, seguindo pela Estrada Real, visitamos primeiro São João Del Rei e depois Tiradentes, as duas são praticamente grudadas. De Tiradentes fomos para Ouro Preto, são quase 2h de viagem. Mariana fica do ladinho de Ouro Preto, dá pra fazer um bate volta tranquilo, e tem também um passeio de trem entre elas. Nós não fizemos, até porque neste dia não estava funcionando e ninguém sabia dizer a razão, ~coisas de Brasil~, mas eu tirei foto com as informações para quem tiver interesse. Congonhas é famosa pelas esculturas dos 12 Profetas, feitas pelo Aleijadinho (na verdade é a única coisa que tem pra ver lá, mas vale a pena dar uma passada). Fica a menos de 1h de Ouro Preto, então nós passamos na última manhã antes de seguir para o aeroporto em Belo Horizonte.

São João Del Rei

Tiradentes


Uma coisa que fizemos em Ouro Preto e eu recomendo é um passeio guiado. As ruelas são super estreitas e cheias de turistas atravessando, então pra evitar estresse melhor deixar o carro parado e curtir a cidade a pé ou com as opções de transporte que eles oferecem. Pela manhã, nós contratamos um guia que tinha carro próprio. Pagamos pouco mais de R$ 100 e eles nos levou nos principais pontos, e é bacana porque ele explica os detalhes das construções e da história. À tarde pegamos o carro e seguimos pra Mariana, lá é bem tranquilo e tem menos coisas para ver. Vale lembrar que Ouro Preto tem muito morro, então não é fácil fazer tudo a pé, ainda mais no calor.

 Ouro Preto




A região em si, a arquitetura das cidades, os trabalhos do Aleijadinho... é tudo muito bonito! Sem contar que você tem uma aula de história a céu aberto, afinal, as coisas de fato aconteceram ali e é tudo muito bem preservado. As igrejas são maravilhosas, por fora e, principalmente, por dentro (quase todas elas cobram um valor entre R$ 2 e R$ 10 para entrar), e é interessante ver como a modernidade e o antigo se fundem, pois naquelas construções do período imperial funcionam lojas, bancos, restaurantes, repúblicas estudantis, bares, etc. Ouro Preto é a mais bonita, talvez por ser mais preservada, mas todas elas valem a visita. Em Ouro Preto visitamos também o Museu da Inconfidência na Praça Tiradentes. É nesta praça que está o monumento de Tiradentes, onde foi colocada a sua cabeça.

Mariana






Congonhas



  
Dica de pousada e restaurante em Ouro Preto

Em Ouro Preto ficamos hospedados na Pousada do Douro e recomendo demais. Ela é super bem localizada, do lado da Praça Tiradentes, e na frente do hotel tem uma feirinha de artesanato bem legal. O café da manhã é super gostoso e completo, e a pousada é bem limpinha, aconchegante, chuveiro e cama bons. Tem um estacionamento bem perto para deixar o carro e ele é espaçoso, fácil para manobrar carros grandes, e os funcionários são bem atenciosos e receptivos.

E super perto desta pousada tem um restaurante delicioso: Bené da Flauta. Jantamos lá as duas noites e fomos muito bem atendidos. O lugar é bem bonito, decorado, em uma construção antiga de dois andares. O atendimento é top e o cardápio tem massa, carnes, peixes, etc. Comemos a massa ao molho de nozes, o bacalhau e a truta, tudo gostoso demais. O preço não é muito baixo, mas condiz com o nível do restaurante e eu recomendo demais. Depois, o dono do hotel comentou que esse é o melhor restaurante da cidade. É realmente muito bom!!!!

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