sexta-feira, 13 de maio de 2011

Stratford-upon-Avon, Warwick Castle e outras coisinhas

Oioioi! E aí? Como estão todos no Brasil? Aqui está tudo maravilhoso! Além de ter esquentado um pouco, essa semana completei metade do curso, tenho só mais quatro semanas de inglês e aí partiu mochilão! No domingo, viajei para Statford-upon-Avon, cidade natal do William Shakespeare, e visitei também o Warwick Castle, localizado na cidade de Warwick. Como eu estava super cansada do passeio em Londres no sábado, perdi a hora no domingo e tive que sair correndo de casa, mas cheguei na hora pra pegar o ônibus.

Dessa vez, não tinha a tia da excursão. Foi apenas o motorista, que falava super sussurrado no microfone (parecia que tava morrendo), e a gente não entendia quase nada. Dormi um pedaço da viagem, porque tinha um alemão muito chato no banco do lado, que nós apelidamos carinhosamente de Pernalonga (segundo ele, ele precisava sentar nos últimos bancos do ônibus, porque as pernas dele são muito longas e lá é mais espaçoso / detalhe: ele ficou dando em cima de uma espanhola a viagem inteira).

Ficamos, mais ou menos, 2h30 em Stratford-upon-Avon. Sinceramente, não achei a cidade muito interessante. Tem a casa do Shakespeare, outras construções relacionadas à sua história, igreja, cemitério, mas nada muito diferente, além de ser bem pequena. E o tempo também estava feio nesse dia, alternando sol e chuva, o que pode ter estragado um pouco a beleza do lugar. Eu, Erika e Adriana caminhamos bastante, tiramos fotos, almoçamos no Mc Donald’s e voltamos pro ônibus. Achei interessante as estátuas vivas brincando com as pessoas na avenida principal, mas me disseram que irei encontrar muito disso, principalmente na Espanha. A casa do Shakespeare é bem simples, no centro da cidade, e para conhecer por dentro precisa pagar, optamos por não entrar. Aliás, como comentamos entre nós brasileiros, os ingleses transformam tudo em turístico e sabem ganhar dinheiro em cima disso. Tudo precisa pagar para entrar, para usar os fones com as explicações, até mapa e folheto explicativo de museu eu vi eles cobrando (National Gallery).



Ainda bem que o Warwick Castle salvou a viagem! Chegamos lá 14h30 e tivemos duas horas para passear lá dentro. Mais uma prova de como eles sabem explorar turista: você paga a entrada do castelo, mas várias atrações lá dentro é preciso pagar à parte e, obviamente, não estão inclusas no valor da excursão. Enfim, o castelo é muito lindo e super interessante. Em uma das alas (gratuita!), tem uma espécie de museu de cera que reconstitui cenários de antigamente, ADOREI (e adorei também o fato de poder tirar fotos). Depois subimos nas torres da princesa e a vista lá de cima é maravilhosa, de um lado a cidade, do outro o castelo. O único detalhe é as escadas em caracol, super escuras e apertadas, mas vale a pena!



Depois, cansadas de caminhar, sentamos na grama. No campo em frente, aconteceu uma apresentação em que eles arremessavam uma bola de fogo através de um negócio de madeira gigante. Bem legal! Havia várias famílias lá sentadas passando o dia, acho que a entrada só pro castelo, sem as atrações, é bem barata. Voltamos pra Cambridge às 17h.

Amanhã, farei o famoso Punting em Cambridge com a escola. É um passeio de gôndola (tipo em Veneza) que passa pelos principais pontos turísticos da cidade. Domingo, estou indo pra Londres novamente, dessa vez com uma excursão que passará pelos principais pontos turísticos. Quero aproveitar pra visitar o Madame Tussaud’s (museu de cera).


Coisinhas

Nessa quarta-feira, fui a um night club (Fez Club) com alguns amigos. Antes, fizemos um esquenta na residência estudantil e tinha praticamente só brasileiros (normal!). Depois, lá por meia-noite, fomos pra festa. Achei a balada bem parecida com o Brasil, tocou praticamente só música eletrônica (a maioria das músicas é em inglês, toca algumas em espanhol e em português só o funk do filme “Tropa de Elite”, que, segundo o pessoal, toca em todas as baladas aqui), as pessoas dançam de um jeito muito esquisito e algumas roupas são muito engraçadas, tinha uma menina maquiada que nem a Emilia do “Sítio do Pica Pau Amarelo”. Aliás, as meninas aqui saem com roupas MUITO curtas e SUPER decotadas.

Apesar de ter esquentado bastante, o vento aqui em Cambridge impede de sair na rua de blusinha e shorts. Ele é muito gelado e surge de repente. Dá uma esquentada, a temperatura fica agradável e do nada começa a ventar demais. Não vejo a hora de desembarcar na Itália e usar todas as minhas blusinhas, porque aqui sem moletom não dá.

Ontem, o professor da última aula resolveu levar a gente pro museu e fazer algumas atividades em grupo pelas salas e galerias. Perdemos alguns minutos até chegar ao museu e como ele fechava às 17h (se o lugar fecha às 17h, às 17h em ponto eles mandam todo mundo embora e fecham as portas), tivemos apenas metade da aula pra fazer os exercícios e acabamos não fazendo quase nada. O mais engraçado foi quando, na hora da correção, o professor disse que a galeria da primeira atividade estava fechada, então não tinha como fazer, mas eu e o meu grupo fizemos o exercício (a gente precisava encontrar o nome das obras e o autor a partir de uma descrição). A gente bem que comentou que a descrição não batia exatamente com os quadros que encontramos, mas...

O maior problema aqui é, com certeza, a comida. Não vejo a hora de voltar pro Brasil e comer comida de verdade, arroz, feijão, churrasco, strogonoff, macarrão, lasanha... Os ingleses não sabem temperar, não colocam sal, tudo tem um gosto meio doce e eles enchem de pimenta. Acho que agora a srilankanesa começou a perceber o que eu gosto e o que eu não gosto. Ela faz bastante macarrão com legumes ou frango, arroz (‘unidos venceremos’ e totalmente sem gosto) com frango e sanduíche. Mas, geralmente, saio da aula e como alguma coisa antes de chegar em casa (Subway ou Mc Donald’s). Aqui, eles costumam jantar bem cedo, lá pelas 19h, mas vi que o iraniano jantava lá pelas 20h30 e pedi pra começar a comer nesse horário também.

O trânsito aqui é uma das coisas que mais chama a atenção. As pessoas são muito educadas, andam devagar, esperam os outros e dão a vez, respeitam as bicicletas e os pedestres, tudo funciona direitinho. Aliás, tem muito pouco carro nas ruas (o que resulta em poucos postos de gasolina, só vi um até agora em Cambridge) e muita bicicleta, mas muita bicicleta mesmo! Acho engraçado ver as pessoas nas bicicletas darem sinal com o braço avisando que vão virar. Aqui, o motorista dirige do lado contrário e eu ainda não acostumei com isso, nunca sei pra que lado preciso olhar. Por garantia, olho pros dois!

SAUDADES, BRASIL!

‘quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar’

Um comentário:

  1. "e para conhecer por dentro precisa pagar, optamos por não entrar." --> foi o que eu mais fiz. hahahahahahahahah

    ain, eu acho que só presenciando o trânsito de cambridge que dá pra entender o quão perfeito ele é, sério.

    siim, é mto legal dar sinal com a mão de bicicleta! minha comida era isso aí também. e sabe o que eu percebi quando voltei? que não é de feijão que sinto falta, ou outras coisas: é de alho, maaaaaaano! alho!

    ufa! tô em dia agora!
    beeeijo, mari

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