quinta-feira, 11 de junho de 2015

Rio, eu te amo!

“Estou apaixonado por cidades que eu nunca estive e pessoas que eu nunca conheci.”

Sim, ele continua lindo! E nós, finalmente, nos encontramos.


Sempre quis conhecer o Rio de Janeiro. Na minha cabeça, não faz muito sentido você viajar para vários países e não conhecer aquilo que o teu país tem a oferecer. Já tinha ido ao Rio com uma amiga há alguns anos, mas (pasmem!) choveu três dias sem parar e não conseguimos aproveitar muito. Coloquei na cabeça entre as minhas metas para 2015: subir no Cristo Redentor! E na semana passada, finalmente, consegui. Passamos o feriado de Corpus Christi na cidade maravilhosa e estes pouco mais de três dias apenas comprovaram aquilo que eu já sabia: eu e o Rio sempre tivemos uma paixão platônica e fomos feitos um para o outro <3.

Nossa ideia era chegar na quinta antes do almoço para já começar a aproveitar, mas Curitiba é uma cidade muito legal no inverno e o aeroporto só foi abrir às 11h (pensem num caos!). Só conseguimos embarcar depois do almoço e chegamos ao Rio final do dia. Mesmo assim, a cidade maravilhosa nos presenteou com três dias lindos de muito sol e calor, e conseguimos aproveitar demais!

Como era a nossa primeira vez na cidade (com sol!), a ideia era visitar os pontos turísticos clássicos e curtir a praia (um luxo no inverno curitibano). Na quinta-feira, como chegaríamos antes do almoço, o plano era visitar os pontos turísticos do Centro, mas no final conseguimos ir somente até os Arcos da Lapa e a Catedral Metropolitana, e logo escureceu. Como estávamos cansados, afinal acordamos às 5h, pedimos uma pizza no hotel e logo dormimos.




Na sexta-feira pela manhã, para não dar vez ao azar, já subimos logo no Cristo Redentor. Pesquisei um monte antes e decidimos subir de van até o topo do Corcovado, sem usar o trenzinho (dizem que a subida de trem não é tuuudo aquilo e a fila não compensa). Então pesquisei sobre este serviço de vans que sai de dois pontos: da Praça do Largo do Machado, perto do Centro, e da Praia de Copacabana. Saímos de Copacabana porque você precisa retornar para o mesmo local de onde veio, e como a ideia era curtir o dia nas praias da Zona Sul, era vantagem já estarmos lá no retorno. E foi melhor mesmo, na hora de sair do Corcovado, a fila pro Largo do Machado estava enorme, e a fila pra Copacabana estava vazia, conseguimos pegar logo a primeira van. Neste link tem mais informações sobre este serviço de van.

Pagamos R$ 51 por pessoa – não tem meia entrada para estudantes (era baixa temporada, na alta temporada está R$ 62). Este valor inclui a van de ida e volta, e o acesso ao Cristo. Achei o serviço bem bom e recomendo! Antes das 8h da manhã já estávamos na bilheteria (a venda via internet estava em manutenção) e embarcamos em uma das primeiras vans praticamente sem fila. Dizem que ao longo do dia a fila é bem grande, então recomendo acordar cedo e já subir.

A vista? Gente, é MARAVILHOSA!!! Eu acho a vista do Pão de Açúcar mais bonita, mas o Cristo Redentor é o Cristo Redentor e dispensa comentários. Difícil é conseguir uma foto bacana no meio de tanta gente brigando pelo melhor ângulo.





Ficamos lá em cima curtindo a vista cerca de 1h30 e voltamos para Copacabana. Nossa ideia era caminhar pela orla até o Forte de Copacabana e tomar um café/almoço na Confeitaria Colombo. Quando chegamos lá, a espera era de, aproximadamente, 2h e nós desistimos. Caminhamos até Ipanema e almoçamos em um restaurante ali em volta chamado Rota 66 (essa Rota 66 tá me perseguindo, em breve nos encontramos). A comida estava bem gostosa e o preço justo. Na rua havia vários restaurantes, mas a maioria deles bem cara. Dali, caminhamos até a Lagoa Rodrigo de Freitas, descansamos um pouco e voltamos pra Praia de Ipanema tomar um banho de mar e esperar o pôr do sol nas pedras do Arpoador. Realmente, o sol se despede em grande estilo e a vista é muito linda, com direito a aplausos no final. Depois caminhamos de volta a Copacabana, passeamos um pouco pela sua feirinha (que ainda estava sendo montada), pegamos um táxi e voltamos pro hotel.








No sábado cedo fomos tomar café da manhã na Confeitaria Colombo do Centro, fundada em 1894. Sorte que fomos cedo, porque logo começou a encher. Eles servem um buffet livre ou você pode escolher o que comer do cardápio. O buffet era quase R$ 50 por pessoa e achamos que não compensava, então comemos a la carte mesmo e estava tudo delicioso. Os preços são altos, mas o lugar é lindo e vale a pena por toda a história, decoração e tradição que a confeitaria carrega.


Dali, pegamos um ônibus até o Jardim Botânico. Que lugar mais lindo! Muito mais legal que o Jardim Botânico de Curitiba. São muitas plantas e é impossível visitar todos os seus jardins e espaços em uma manhã. Ficamos pouco mais de 1h lá dentro e depois caminhamos até o Parque Lage, outro lugar muito legal. A distância entre um e outro é de cerca de 10 minutos caminhando. O Jardim Botânico tem uma taxa de R$9 por pessoa para visitar, já o Parque Lage é gratuito.





Depois fomos caminhando até a Lagoa Rodrigo de Freitas para, finalmente, nos sentirmos 100% cariocas e alugarmos uma bicicleta do Itaú. Pensei que seria complicado, super caro ou algum outro problema que dificultaria o aluguel, mas me surpreendi com a facilidade. Você só precisa baixar o aplicativo no celular (Bike Rio), comprar o passe (diário R$5 ou mensal R$10) com cartão de crédito, chegar à estação de bicicletas e liberar a que você deseja. Muito simples! Eu comprei os passes de manhã no hotel pra não ficar na dependência do 3G e deu tudo certo. Outra coisa bacana é que você pode ficar só 1h com cada bicicleta, depois precisa devolver em alguma estação e esperar 15 min para pegar outra, assim tem rotatividade e todo mundo consegue andar. Caso extrapole o limite de 1h, você recebe uma multa que será descontada no cartão também. Só recomendo cuidar com o tempo e devolver a bicicleta um pouco antes, porque se deixar pro limite do horário corre o risco de demorar pra encontrar uma estação com espaços vazios para deixar a bike. E gente, passear de bicicleta pela Lagoa e pela orla é uma delícia!!!!! Sem contar que tem estas estações pela cidade inteira, muito bom!



Pegamos a primeira bicicleta na Lagoa e deixamos em uma estação no Leblon, onde aproveitamos para almoçar em um quiosque na beira mar. De lá, pegamos outra bike e pedalamos até Copacabana, passando por Ipanema. Decidimos curtir a praia de Copacabana e ficamos perto do Forte, já que eu queria alugar um stand up paddle. Achei carinho (R$30 meia hora ou R$50 uma hora). Um rapaz fez por R$25 meia hora e lá fui eu bem feliz. O passeio foi muito divertido, não cai nenhuma vez e deu pra relaxar muito vendo o Pão de Açúcar de um lado e o Forte de Copacabana do outro.




Para fechar o dia, sentamos em um quiosque em Copacabana assistir à final da Champions League com direito a música ao vivo. Caminhamos mais um pouco e pegamos um táxi para o hotel. À noite, decidimos ir até a Rua do Lavradio (do lado do hotel) na Lapa, famosa por seus barzinhos. Jantamos no Santo Scenarium, um restaurante bem gostoso com uma decoração antiga e mesinhas na calçada.


No domingo de manhã, subimos no Pão de Açúcar e na minha opinião a vista é mais bonita que a do Cristo. Lá pagamos R$ 31 por pessoa o passeio (meia entrada) e estava bem tranquilo, sem filas. Quando saímos, ficamos um pouco na Praia Vermelha ali do lado, onde comemos um lanche e curtimos a vista. A praia é pequena, de mar bem azul e calmo, pena que não tínhamos mais hotel, então não rolava tomar banho.







De lá fomos para a Escadaria Selaron e a ideia era caminhar um pouco pelo Centro para ver as construções antigas. Por ser domingo, tudo estava fechado e achamos perigoso ficar por lá dando bandeira. Então como iríamos ao Maracanã mais tarde, já que meu irmão queria assistir a uma partida, resolvemos pegar um táxi até um shopping lá perto pra comer alguma coisa e bater perna. Final da tarde fomos pro estádio ver Fluminense e Sport. O jogo foi bem podre, sem gols, mas o estádio ficou demais depois da reforma pra Copa. Compramos o ingresso na hora mesmo (R$20 meia entrada para o setor mais barato – atrás do gol) O policiamento e a organização também surpreenderam, tudo muito bem estruturado. Também tem a opção de fazer um passeio guiado pelos bastidores do Maracanã, mas a gente queria assistir a um jogo mesmo no meio da torcida, aí depende do gosto de cada um, mas eu recomendo demais o jogo, foi super legal. Depois da partida, voltamos ao hotel, pegamos nossas malas e seguimos pro aeroporto.





Rio de Janeiro, você foi muito mais do que eu esperava! Que lugar mais leve, abençoado e sempre de braços abertos!


Hotel
Ficamos no Ibis Budget do Centro, perto dos Arcos da Lapa. Acredito que ficar na Zona Sul seja melhor (a maioria das atrações fica lá), mas fizemos a reserva muito em cima e os preços estavam absurdamente caros. O bom deste Ibis é que ele é padrão, ou seja, você já sabe o que oferece e o que irá encontrar. Recomendo! Os funcionários são muito atenciosos e o hotel, apesar de simples, é bem confortável. O custo/benefício valeu demais a pena.

Táxi
Já chegamos lá decididos a fazer quase tudo de táxi e foi bem fácil. Tinha um ponto de táxi na frente do hotel e como estávamos em três, no final das contas ficou em conta pra todo mundo. O metrô não chegamos a usar, mas um dia pegamos um ônibus até o Jardim Botânico e foi bem fácil. As pessoas são atenciosas e passam informação de boa vontade. Ainda sobre os táxis, muitos deles são malandros, então é legal ficar de olho nas placas e usar o Google Maps.

Segurança
Diversas pessoas questionam sobre a segurança no Rio de Janeiro. Olha, não tenho do que reclamar, achei tudo muito bem policiado e só ficamos com medo no domingo à tarde no Centro, que estava deserto e com algumas pessoas estranhas rondando. Claro que precisa cuidar com eletrônicos, bolsa, andar simples e ficar sempre esperto, mas nas praias e nos pontos turísticos achei tudo muito organizado e seguro. Outro ponto legal de comentar é que imaginava que as coisas seriam mais caras, como comida e tal na orla. Não sei se por ser baixa temporada, mas da última vez que fui para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, as coisas estavam mais caras que no Rio.



E no final, só nos resta agradecer por tudo e pedir forças para sempre seguir em frente! Obrigada, Rio, por ser simplesmente assim: leve, doce e gostoso!


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