segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Trem na Europa

Viajar de trem na Europa é muito fácil, fato! Fizemos todos os trechos do mochilão de trem e foi tranquilo demais, pois é tudo muito pontual, organizado e bem sinalizado. A Eurail oferece várias opções de passe, que tornam a viagem mais barata e você escolhe de acordo com o seu roteiro e tempo de viagem. Muitos trens, como os noturnos e os de alta velocidade, exigem reserva de assento e é preciso pagar uma taxa a mais. Essa reserva não pode ser comprada por internet, somente nas estações de trem na Europa ou por agência de viagem aqui no Brasil. Como viajamos na alta temporada e não podíamos correr o risco de ficar sem assento nos trens noturnos, optamos por comprar os passes e reservas mais importantes com a CI. Recomendo fazer todas as reservas com a agência de uma vez, porque eles realmente irão cobrar e, normalmente, a fila nas estações é enorme e você perde um tempão (em Barcelona, ficamos TRÊS horas na fila pra fazer a reserva pra Madrid).


Algumas dicas:

Os trens são bem pontuais;

Se você tiver mala grande, como era o nosso caso, recomendo chegar cedo à estação, para conseguir espaço no compartimento de bagagem (que é bem pequeno) e ter tempo de organizar suas coisas;

Nunca pegue trem noturno com seis camas!!! Calma, vou explicar. No nosso primeiro trajeto noturno (Veneza/Munique), havíamos reservado assento reclinável, mas chegamos lá e era uma cabine com seis camas. O lugar é extremamente apertado (três camas de cada lado), a porta tem que ficar fechada, o ar condicionado funciona só às vezes e acomodar as malas é quase impossível!

As cabines duplas nos trens noturnos são bem confortáveis e é tranquilo dormir. No trecho Munique/Amsterdam tinha até chuveiro na cabine e funcionava direitinho;

Alguns trens têm barzinho, como o Elipsos de Paris para Barcelona;

Os trens espanhóis e ingleses são os melhores!

Se o trajeto for longo, não deixe pra comer na estação de trem. Como é de se esperar, as comidas são bem mais caras e, em algumas delas, não tem nada de bom pra comer. Já outras têm mercado, Burger King, Mc, etc.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

albergues

Olá! Para começar, vou falar sobre os albergues e hotéis durante a viagem. Como expliquei anteriormente, fiz todas as reservas no site HostelBookers e foi super fácil. Recebi na hora a confirmação por e-mail e paguei 10% no cartão de crédito. O check in também foi super tranquilo. Todas as reservas deram certo, os valores bateram certinho com os que estavam na confirmação e eles pediam apenas o passaporte para confirmar que a reserva era minha.
 
Roma – Ficamos no Hostel Beauty. A localização é super boa, bem perto da estação de trem, onde é possível pegar as duas principais linhas de metrô da cidade. A entrada do hotel é bem antiga e o elevador não funciona direito (eles recomendam não utilizar). Ficamos um pouco assustados com isso, mas o hotel por dentro é bem limpo e o quarto e banheiro são bem bons. Tem wireless somente na recepção e uma cozinha pequena com geladeira e microondas para quem quiser cozinhar ou apenas guardar comida. O recepcionista foi bem gente boa e nos deu várias dicas bacanas do que visitar. O único problema é que não aceita cartão de crédito.
 
Pisa – Ficamos no Hostel Pisa. Na verdade, havíamos reservado um quarto com seis camas, mas a moça fez confusão e acabou nos colocando em um quarto de casal pelo mesmo preço. O albergue é pertinho da estação de trem e, como Pisa é super pequena, é fácil visitar tudo a pé. O quarto é pequeno e só tem a cama e uma escrivaninha. O banheiro é comunitário, mas bem grande e limpo. Como os quartos múltiplos têm banheiro dentro, o comunitário é usado por poucas pessoas e foi tranquilo tomar banho. O albergue aceita cartão de crédito e tem wireless.
 
Milão – Ficamos no Hotel Valley Milan. O hotel é bem perto da estação de trem e de dois pontos de metrô. Ficamos em um quarto de casal simples, que tem pia e chuveiro dentro, mas o vaso é separado e comunitário (não entendi a lógica, mas...). O quarto é razoável, com televisão e armário. Os recepcionistas não são muito simpáticos e nosso quarto, por ser no primeiro andar, dava quase pra calçada quando abria a janela. Aceita cartão de crédito e precisa pagar para usar a internet.
 
Veneza – Ficamos no Hotel Albergo Marin. Como optamos por ficar na ilha, pagamos um pouco caro, mas acho que valeu a pena. O hotel tem café da manhã, o quarto é bem gostoso, decorado e bonito, e a moça da recepção bastante atenciosa. O banheiro é comunitário, mas bem limpo e, como outros quartos têm banheiro próprio, não encontramos ele ocupado em nenhum momento. A localização também é boa, próximo à estação de trem, o único problema é atravessar a ponte e suas escadas para chegar do outro lado do canal, mas não tem outro jeito, já que não há carros e um barco táxi não ajuda em nada nesse caso. O hotel tem wireless apenas na recepção e aceita cartão de crédito. Ah! Eles estão colocando ar condicionado nos quartos.
 
Munique – Ficamos no Wombats City Hostel. O albergue é muito legal e super bem localizado, próximo à estação de trem e a um ponto de metrô. Ficamos em um quarto com seis pessoas e foi tranquilo demais, até porque o quarto é bem amplo, com três beliches e uma mesa central. O albergue tem wireless no primeiro andar, aceita cartão de crédito e fornece roupa de cama. O café da manhã é bem bom e custa 3,70 euros. É um albergue bem voltado pra jovens, mas havia pessoas mais velhas e famílias. O lugar é gigante, mas super organizado. Para entrar em cada andar, é preciso passar o cartão para liberar a porta, assim, cada hóspede só tem acesso ao seu andar e às áreas comuns. No primeiro andar, tem um lounge bem bacana, com sofás e redes, e um barzinho que bomba durante a noite (mas o barulho não atrapalha aqueles que querem dormir).
 
Amsterdam – Ficamos no Damrak Inn. Tínhamos feito a reserva para quarto múltiplo com seis pessoas, mas assim que chegamos havia um menino passando mal no quarto e, por sorte, ainda tinha um quarto duplo disponível. Mudamos na hora! O quarto é gostoso e o banheiro também. O problema era o fato de ser no último andar, não ter elevador e a escada ser horrível. O hotel não é muito bonito e a internet funcionava quando queria, pelo menos no meu notebook foi assim. Localiza-se próximo à estação de trem e a diversos pontos turísticos, e aceita cartão de crédito. Ah! Outro problema era o calor dentro do quarto (por ser no último andar, batia sol o dia inteiro e à noite não refrescava de jeito nenhum).
 
Paris – Ficamos no Hotel des Arts. O hotel é bem localizado, próximo a um ponto de metrô, não muito longe das estações de trem e, se você tiver pique, é possível ir a pé até a região de Notre Dame e o Museu do Louvre. O quarto é bem agradável e o banheiro bem bonito. Tem café da manhã, mas precisa pagar à parte e é bem carinho, não lembro quanto exatamente. O wireless funcionava somente na recepção e o elevador é minúsculo, mas pelo menos tem elevador. O quarto é bem limpo (inclusive, trocaram as toalhas todos os dias). Aceita cartão de crédito.
 
Barcelona – Ficamos no Equity Point Centric. O albergue é razoável. É bem localizado, perto das estações de trem e de pontos turísticos, e tem um ponto de metrô na frente. Ficamos em um quarto com seis camas e foi tranquilo, mas o quarto é bem menor que o do albergue em Munique. O albergue fornece um lençol e uma fronha, ou seja, precisa pagar se quiser mais um lençol (necessário, uma vez que os quartos têm ar condicionado). Tem wireless no bar no primeiro andar, o café da manhã é gratuito e aceita cartão de crédito. Um problema é a falta de tomada nos quartos e no bar, assim tínhamos que revezar para carregar computador, máquina fotográfica e celular. O bar durante a noite é bem movimentado e barulhento, mas, graças a Deus, não dava para escutar do nosso quarto. Ah! Os armários no quarto não têm cadeado, é preciso alugar separado, assim como toalha e cobertor mais grosso.
 
Madrid – Ficamos no Equity Point Madrid. Na verdade, pelo que pareceu, a rede Equity Point comprou um hotel antigo e ainda está transformando em um albergue e arrumando as coisas. Ficamos em um quarto com duas camas e as instalações são razoáveis. Tem wireless no primeiro andar, elevador, café da manhã gratuito e aceita cartão de crédito. A roupa de cama e as toalhas estão inclusas. O albergue é bem localizado, próximo aos principais pontos turísticos e à estação de trem (não pegamos metrô em nenhum momento).
 
Resumindo, todos os albergues e hotéis estavam dentro das expectativas, levando em consideração o preço que pagamos e as informações do site. Por ser um mochilão, optamos por lugares bem localizados e baratos, nada de luxo. Como a maioria dos albergues era próximo às estações de trem, imprimi o mapa do site Hostelbookers para termos uma noção da localização e chegarmos a pé (fica a dica, ajudou bastante). Somente em Paris, Barcelona e Madrid precisamos pegar táxi (ou metrô, mas nossas malas estavam grandes e pesadas demais para isso).

sexta-feira, 15 de julho de 2011

'são lembranças, bons momentos'

Três meses atrás, cá estava eu sentada nessa mesma cadeira vermelha, diante do mesmo computador, com um mochilão quase estourando, uma lista de coisas para levar à Europa, dezenas de documentos e cartões, alguns euros e libras, e uma ansiedade sem tamanho... três meses atrás, mas parece que foi semana passada! Hoje, três meses depois, cá estou eu novamente em Curitiba, cheia de lembranças, após conhecer sete países e atravessar a Europa de trem!

Conforme prometi, farei um post sobre cada cidade, sem esquecer os albergues, os trens e as observações gerais sobre o Velho Mundo! Com certeza, TUDO VALEU MUITO A PENA! Dos dois meses em Cambridge ao mochilão, lembrarei de cada segundo, de cada paisagem, de cada cidade, de cada ponto turístico... ‘são lembranças, bons momentos’!

Roma é a história ali, bem diante dos nossos olhos!

Pisa é encantadora e nos recebeu muito bem!

Milão é moderna e tem a catedral mais bonita da viagem!

Veneza é um charme só, com seus canais e centenas de barcos!

Munique é animada e viva!

Amsterdam é exótica e liberal!

Paris é uma “festa móvel”, como disse Ernest Hemingway!

Barcelona reúne tudo em uma única cidade!

Madrid é uma aula de arquitetura, antiguidade e modernidade, tudo ao mesmo tempo!


Mais algumas observações rápidas:

Brasileiros estão pela Europa inteira e vamos dominar o mundo!

Fazer um mochilão cansa, é preciso pique para caminhar praticamente o dia inteiro, subir morros e ladeiras, enfrentar o sol e o calor do verão europeu, entender mapas e linhas de metrô, e estar preparado pra comer muito fast food!

Assim que a preguiça permitir, irei organizar as mais de 10 mil fotos e postar no facebook!

Já que não posso voltar no tempo e viver tudo novamente, resta planejar a próxima viagem, PORQUE VIAJAR VALE DEMAIS A PENA!



Volto aqui em breve!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

bye bye, England!


A verdadeira arte de viajar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo
Não importa que os compromissos e as obrigações estejam ali
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando


Último post escrito em terras inglesas!

Oito semanas depois, é hora de me despedir da Inglaterra, fechar o mochilão, pegar o avião e partir para novos rumos no velho mundo. Hoje, olhando pra trás, concluo que o tempo passou rápido demais e os dois meses na terra da rainha voaram. Vou embora daqui com a sensação de missão cumprida e de sonho realizado!

Já estou tão acostumada com a minha rotina, a escola, o curso, os professores, os colegas, o meu quarto e a cidade, que bate saudade ao pensar que esse ciclo está sendo fechado. Afinal, morar fora do seu país é uma experiência enriquecedora! Sentirei saudades da organização e da pontualidade inglesa, do chá com leite, de passar a tarde no parque lendo e ouvindo música, de comprar o megarider toda semana e andar em ônibus confortáveis, das excursões e viagens, da Escócia, de passear nas farmácias ver as maquiagens, do doritos laranja, do kit kat, do pacote de snickers gigante por £2, da poundland, da srilankanesa dizendo ‘dinner ready, come’, das tentativas frustradas de conversar com a srilankanesa, do estresse pra lavar roupa, do macarrão sem molho com cenoura, do Botanic Garden, do punting, do Café Brazil, do crepe, de passar frio, do vento, de Londres, de Bath, de Stonehenge, de Stratford, de Oxford, de Ely, de Grantchester, de Greenwich, de Windsor, de conhecer a Gabi, de caminhar muito mais que o necessário por preguiça de analisar o mapa com calma, dos horários malucos, dos museus, das igrejas, dos castelos, dos amigos...

Hoje, tenho certeza que qualquer viagem começa com um primeiro passo... e tenho mais certeza ainda que viajar é uma das melhores coisas do mundo, principalmente porque ninguém volta igual de uma viagem! Viajar é cultura, é conhecimento, é amadurecimento, é desafio, é descoberta, é surpresa, é diversão, É VIDA!

Não conseguirei atualizar o blog durante o mochilão, mas conto tudo quando chegar ao Brasil!

SAUDADES!


Perder a viagem

Você pede ao patrão para sair mais cedo do trabalho, aí pega um ônibus lotado, vai para um consultório médico que fica no outro lado da cidade, gasta seus trocados, seu tempo e seu humor e, ao chegar, esbaforido e atrasado, descobre que sua hora, na verdade, está marcada para semana que vem. Sinto muito, você perdeu a viagem. Todo mundo já passou por uma situação assim, de estar no lugar errado e na hora errada por pura distração. Acontecendo só de vez em quando, tudo bem, vai pra conta dos vacilos comuns a qualquer mortal. O problema é quando você se sente perdendo a viagem todos os dias. Todinhos. É o caso daqueles que ainda não entenderam o que estão fazendo aqui. Estão perdendo a viagem aqueles que não se comprometem com nada: nem com um ofício, nem com um relacionamento, nem com as próprias opiniões. Estão sempre flanando, flutuando, pousando em sentimento nenhum, brigando por idéia nenhuma, jamais se responsabilizando pelo que fazem, pois nada fazem. Respirar já é para eles tarefa árdua e suficiente. E os dias passam, e eles passam, e nada fica registrado, nada que valha a pena lembrar. Estão perdendo a viagem aqueles que, em vez de tratarem de viver, ficam patrulhando a existência alheia, decretando o que é certo e errado para os outros, não tolerando formas de vida que não sejam padronizadas, gastando suas bocas com fofocas, seus olhos com voyeurismo, sem dedicar o mesmo empenho e tempo para si mesmo. Estão perdendo a viagem aqueles preguiçosos que levam semanas até dar um telefonema, que levam meses até concluir a leitura de um livro, que levam anos até decidir procurar um amigo. Pessoas que acham tudo cansativo, que acreditam que tudo pode esperar, que todos lhe perdoarão a ausência e o descaso. Estão perdendo a viagem aqueles que não sabem de onde vieram nem tentam descobrir. Que não sabem para onde ir e nem tentam encontrar um caminho. Aqueles para quem a televisão pode tranqüilamente substituir as emoções. Estão perdendo a viagem todos aqueles que se entregam de mão beijada às garras afiadas do tédio.

Martha Medeiros

segunda-feira, 6 de junho de 2011

e a Inglaterra continua linda...

Olá, Brasil!!

Na quinta-feira, fui para Grantchester com a Denise (brasileira que conheci em uma viagem para Londres). Grantchester é uma espécie de bairro/vila de Cambridge, onde há uma área para fazer piquenique na beira do rio. A Denise já havia ido com a escola dela e resolvemos seguir o mesmo caminho, que passa no meio de uma fazenda e depois vai contornando o rio, até chegar a um lugar que serve vários tipos de bolo e chá inglês. A caminhada dura, mais ou menos, 40 minutos (com paradas para tirar fotos) e o caminho é muito bonito (tirando o fato que fui atacada por uma vaca), com várias pontes, árvores, porteiras, etc. Saímos de Cambridge no começo da tarde e voltamos no final do dia. O local para tomar chá é maravilhoso, localizado no meio de umas árvores, com mesas e cadeiras super confortáveis. Comi um bolo de cenoura delicioso e tomei o famoso chá inglês com leite. Na volta, estava acontecendo um casamento na beira do rio. Bem simples a cerimônia, com poucas pessoas, mas o mais estranho era o horário: 17h de uma quinta-feira, mas tudo bem, já percebi que o povo aqui tem uns horários meio malucos, como jantar às 18h e fechar todo o comércio às 17h.



Depois, fui direto pra residência estudantil, onde a Cristiana e a Erika fizeram um strogonoff delicioso. Estava com saudades de comer comida do Brasil com gosto de comida do Brasil. Por apenas £3, foi, com certeza, a refeição mais barata e mais gostosa até agora na Europa.


Na sexta-feira à tarde, aproveitei para visitar o Fitzwilliam Museum, museu mais famoso de Cambridge e, o melhor de tudo, gratuito. Já havia ido durante uma aula, mas nem deu tempo de passar por todas as galerias com calma. Confesso que não sou muito fã de museu e já estou um pouco cansada de ver sempre as mesmas coisas, mas o lugar é bem bacana, com quadros, esculturas antigas, várias porcelanas japonesas e uma galeria só sobre o mundo egípcio. Recomendo a visita, é bastante interessante. A arquitetura do museu foi o que mais chamou a minha atenção. Eles cuidam de cada detalhe, do teto ao chão, com tapetes, pinturas, esculturas, colunas...



No sábado, foi a vez de visitar Oxford e Blenheim Palace com uma excursão. Fomos eu, Erika (brasileira), Adriana (colombiana) e Stela (colombiana). Pela manhã, passeamos no Blenheim Palace, localizado próximo a Oxford e local de nascimento de Winston Churchill. O palácio é enorme e bem bonito, principalmente os jardins. O problema é que no sábado estava acontecendo uma competição nos arredores, ou seja, havia toda uma estrutura montada para o evento, com pessoas acampando, espaços delimitados e barracas dos patrocinadores, o que prejudicou um pouco as fotos. No começo da tarde, seguimos pra Oxford. A cidade é bonita, mas sou muito mais Cambrigde! Na verdade, as duas são bem parecidas, com vários colleges, um centro pequeno, museus, bibliotecas, etc. Mas, comparando-as, acho Cambridge mais bela e organizada (talvez porque já estou acostumada). Em um dos colleges de Oxford (Christ Church), foram gravadas algumas cenas do filme “Harry Potter”.

Pausa para explicar o que são os famosos colleges (sim, demorei um pouco pra entender). A Universidade de Cambridge e a Universidade de Oxford são divididas em colleges espalhados pela cidade. Ou seja, não tem somente um ou dois campi como acontece no Brasil, mas sim vários colleges divididos de acordo com as áreas do conhecimento. E todos os colleges são lindos, a arquitetura, os jardins, a organização, etc. E, como sempre, é preciso pagar pra conhecer por dentro.



Para me despedir de Cambridge, no domingo, fiz o verdadeiro punting (passeio de gôndola pelo rio, passando por trás dos principais colleges) com a Adriana. O passeio dura cerca de 45 minutos e é lindo, com vistas maravilhosas. Nosso guia era super divertido e na gôndola só deu América do Sul, com um grupo de argentinos, eu e a colombiana. Agora, sinto que posso me despedir de Cambridge e da Inglaterra com a sensação de missão cumprida!



Ééééé, esses são meus últimos dias por aqui. Sábado embarco para Roma e começo a segunda parte da aventura: MOCHILÃÃÃOOO!!!


SAUDADES!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ESCÓCIA

QUERO VOLTAR PRA ESCÓCIA! Essa foi a primeira frase que veio à cabeça quando cheguei em Cambridge na segunda-feira à noite, após um final de semana maravilhoso na terra dos homens de saia. A viagem valeu demais a pena e a Escócia é muito linda! Fiquei apaixonada por Edimburgo em questão de minutos. Localizada entre o mar e as montanhas, a capital escocesa proporciona aos turistas vistas inesquecíveis e uma surpresa a cada esquina. Assim como as demais cidades do Reino Unido, Edimburgo reúne o moderno e o antigo (separados por uma ponte), e o contraste entre esses dois ‘mundos’ pode ser notado em uma simples caminhada pela ponte, que passa por cima de uma moderna e pontual estação de trem e, ao mesmo tempo, funciona como portal para o Castelo de Edimburgo, localizado a poucos quilômetros dali.

E o Lago Ness?! Não existem palavras para descrever tamanha beleza. A viagem para chegar até ele, as montanhas, o verde das margens, o azul da água, as ruínas do Urquhart Castle e até mesmo o tempo maluco (que alterna sol e chuva em poucos minutos) formam o cenário perfeito para qualquer turista em busca de aventuras e lembranças inesquecíveis.
 
 
Acordei às 3h da manhã de sexta-feira para sábado, pois precisava estar às 4h na estação de polícia. Estávamos em sete pessoas aqui de Cambridge, eu, uma mexicana (com quem passei os três dias e fiz todos os passeios), um argentino, uma italiana, uma colombiana e um casal de turistas de algum país oriental. A empresa disponibilizou um táxi para nos levar até a estação de trem em Londres, de onde partimos para Edimburgo às 7h. A viagem dura, mais ou menos, 4h30 e fui a maior parte do tempo acordada observando as paisagens. Ah! Antes que me perguntem, sim, tinha brasileiros no grupo. Mas eram quatro homens mais velhos, que estão estudando inglês em Londres. Então, esse final de semana, falei somente inglês.
 
Chegamos a Edimburgo às 11h30 e fizemos um passeio de ônibus com um guia pelos principais pontos turísticos até a hora de fazer o check in nas guesthouses. O passeio foi bem divertido, o homem usava saia e paramos em alguns lugares onde pessoas importantes da história da Escócia nasceram/morreram. Depois de deixar as coisas na guesthouse, eu e a mexicana pegamos um mapa e decidimos caminhar pela cidade, além de procurar algo para comer (não, não fomos ao Mc Donald’s, demoramos para encontrar um e acabamos parando no Subway). Nossa ideia inicial era visitar o castelo, mas já era 14h30 e ele fechava cedo, então achamos melhor deixar pra segunda-feira de manhã (decisão correta). Caminhamos muito pelas ruas estreitas em volta do castelo, tiramos muitas fotos, visitamos igrejas, monumentos e, no final do dia, encontramos uma escada no meio de uma rua e subimos. Lá de cima, conseguimos ver Edimburgo inteira, as montanhas, o mar, as construções, perfeita a vista! Depois, voltamos pra guesthouse, descansamos um pouco e fomos ao mercado comprar comida pro dia seguinte. Pelas ruas de Edimburgo é possível ver vários homens de saia tocando instrumentos e na maioria das lojas há músicas locais.
 
 
Pausa para falar da guesthouse. Quando comprei o pacote, tinha a opção de hotéis com quartos individuais, duplos ou triplos, que precisava pagar um valor adicional, ou a guesthouse, que estava incluída no preço inicial, com café da manhã e oito camas por quarto. Decidi ficar na guesthouse, mas estava imaginando um quarto minúsculo, com quatro beliches apertados e um banheiro sujo. Fiquei muito impressionada com o lugar. O quarto era enorme, espaçoso, limpo, decorado, sem beliches, com mesa, cafeteira e um banheiro que, apesar de pequeno, era limpo e o chuveiro era maravilhoso. E o café da manhã era super gostoso, com torrada, nutella, manteiga, geleia, café, chá, suco, iogurte, frutas, cup cake, ovo, salsicha, presunto e croissants.
 
 
No domingo, acordamos bem cedo, pois íamos visitar as Highlands e o Lago Ness (conforme o motorista do ônibus não parava de falar, tínhamos um compromisso com um famoso monstro!). A viagem é bem longa, mas as montanhas e as paisagens são maravilhosas. O dia estava nublado, alternando chuva e sol, mas nada que estragasse o passeio. Paramos em alguns locais para tirar fotos e chegamos ao Lago Ness no começo da tarde. Devido ao mau tempo, os passeios de barco foram suspensos, então tivemos bastante tempo para visitar as ruínas do Urquhart Castle na margem do lago, tirar fotos, tomar banho de chuva, passar frio, beber chocolate quente para esquentar e passear pela loja local. O Lago Ness me lembrou muito o Caminho dos Sete Lagos, entre San Martin de Los Andes e Bariloche, na Argentina. A paisagem é linda demais, o azul da água, o verde da natureza, as montanhas... pena que não encontramos o monstro.

 
Chegamos a Edimburgo no começo da noite, mas lá, devido à localização, escurece depois das 22h nessa época do ano. Então, eu e a mexicana (percebe-se que eu não lembro o nome dela) saímos procurar comida e paramos em uma lanchonete. Comprei uma pizza maravilhosa, jantei, tomei banho e desmaiei na cama. Ah! Na noite anterior, eu, a mexicana e duas meninas dos EUA que estudam moda em Londres conversamos bastante no quarto sobre nossos países, nossas profissões, etc. Foi muito legal pra praticar inglês e elas eram muito queridas. Na verdade, as meninas dos EUA são da Guatemala e da China, mas, atualmente, vivem nos EUA. No nosso quarto tinha ainda uma venezuelana, uma argentina e uma garota estranha que não sabemos o nome, nem da onde é, e muito menos o que foi fazer em Edimburgo, pois passou a tarde inteira na lan house e não foi pro Lago Ness.
 

Na segunda-feira, acordamos cedo de novo, tomamos café, colocamos nossas coisas na sala de bagagem e fomos visitar o Castelo de Edimburgo. Antes, passamos tirar fotos na frente de alguns pontos turísticos, como a Galeria Nacional. Como chegamos cedo ao castelo, não pegamos muita fila e conseguimos visitar tudo pela manhã. Na fila pra comprar o ingresso, encontrei um grupo de brasileiros. Não tem jeito, vamos dominar o planeta! Adorei o castelo, tem vários objetos antigos, museus e uma ala que recria o local onde os prisioneiros ficavam, muito interessante. E a construção em si é linda, lá de cima é possível ver toda a cidade. Depois, passamos comprar algumas lembranças da Escócia (comprei uma bolsa, dois chaveiros e dois lenços), almoçamos no Mc Donald’s (novidade!) e caminhamos mais um pouco pelo centro antes de voltar pra guesthouse pegar o ônibus pra estação de trem.

 
Na volta, sentamos em uma mesa eu, dois brasileiros e a menina da Guatemala que estava no meu quarto. Viemos a viagem inteira conversando e rindo muito (uma colombiana reclamou e pediu para falarmos/rirmos mais baixo). O melhor de tudo foi que o guia não avisou que o pessoal de Cambridge precisava descer uma estação antes de Londres, onde pegaríamos o táxi pra cá. Então, quando chegou a estação, ele começou a falar pra gente sair do trem, e nós sem entender nada. Aí ele mandou virarmos à esquerda no estacionamento e encontraríamos um taxista de olho azul nos esperando (uau!). Mas, no final, deu tudo certo e chegamos a Cambridge perto das 22h.

Nossa, como eu ainda não comentei aqui sobre o chá inglês?! Sério, o chá aqui é bom demais, o gosto é diferente, muito mais saboroso. E quando eles colocam leite então, DELICIOSO! Todo dia de manhã, torço pra srilankanesa servir chá ao invés de café com leite ou suco. Queria comprar vários pacotes pra levar pro Brasil, mas não tenho como carregar durante o mochilão.

Sábado, para fechar com chave de ouro meu último final de semana em terras inglesas, vou conhecer Oxford!

SAUDADES, BRASIL!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

novidades!

Oi, gente! Super legal, está chovendo em Cambridge e não tenho como ir embora, porque o ônibus da escola pro centro só passa de uma em uma hora. É o primeiro dia que pego chuva de verdade aqui, acho que posso me considerar uma pessoa sortuda! Bem, vou adiantar um post pro blog, já que o fuso horário deixa meu msn e minha lista de bate papo no facebook vazios.

Esqueci de contar aqui, mas sábado estou viajando pra Escócia. Na segunda-feira é feriado na Inglaterra e comprei uma viagem de três dias pra Edimburgo, que inclui um passeio nas montanhas e no Lago Ness no domingo, estou super empolgada! Vamos de trem de Londres pra Edimburgo e a viagem leva, mais ou menos, 4h30. Como minhas semanas na Inglaterra estão na reta final, optei por viajar com uma agência, assim o preço do trem é mais barato, além de o guia conhecer os lugares e eu não perder tempo tentando me localizar sozinha. E as chances de eu encontrar outros brasileiros no grupo são grandes (normal!).

No sábado, passei o dia em Cambridge e aproveitei para visitar o Botanic Garden com a Adriana (colombiana). O preço é £3.50 (estudantes) e £4 (adultos). Estava um dia lindo, ensolarado e, por incrível que pareça, bastante quente (passei o dia inteiro de camiseta). O Botanic Garden é muito grande e bonito, com várias espécies de flores, árvores, áreas para piquenique, estufas com plantas de outros países (como cactos e espécies tropicais), uma loja para comprar souvenir e um restaurante. Adorei o passeio! Como de costume, caminhei bastante e tirei várias fotos.


Antes de ir ao Botanic Garden, nós almoçamos no Café Brazil, o restaurante/lanchonete/mercado brasileiro que comentei há algum tempo. No sábado, eles servem feijoada e fui lá matar a saudade de arroz e feijão com cara de arroz e feijão. Pra completar a minha felicidade, tomei guaraná. Digamos que a comida não é tão boa assim, mas diante das circunstâncias virou um banquete. O arroz e o feijão são sem sal e apimentados, como tudo por aqui, mas o prato estava bem gostoso. Tinha farofa (pronta, lógico) e pão de alho. Se eu não viajar, no meu último final de semana quero dar um pulo lá novamente.


Amanhã, vou almoçar com uma japonesa. Ela chegou na Kaplan semana passada e estava na minha turma (upper intermediate), mas como mudei pro advanced e pra manhã, não nos encontramos mais pela escola por causa dos horários. Porém, ela me adicionou no facebook essa semana e me chamou para almoçarmos juntas, pois quer praticar o inglês comigo. Adorei a ideia! Falando em japoneses e coreanos, às vezes é um pouco difícil conversar com eles, porque o sotaque é bem diferente, mas eles são inteligentes demais, sabem tudo de gramática e vocabulário. Várias palavras que a maioria da turma não faz ideia do significado, pode apostar que eles sabem.


O tempo aqui é mais louco que Curitiba. Perdi a conta de quantas vezes choveu e abriu sol hoje em Cambridge. Está ensolarado, de repente fica tudo escuro e cai o mundo. Quinze minutos depois, sol novamente.


Meu companheiro de viagem encontrou um guia super completo para baixar de graça na internet. Tem várias informações, mapas, pontos turísticos, etc, de muitas cidades. Super recomendo! Segue o link para quem tiver interesse:
http://www.365diasviajando.com/download-guia-de-turismo


SAUDADES!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mochilão pela Europa

Olá, galera! Conforme comentei, lá vai o post especial sobre mochilão. Na verdade, ainda não tenho muita coisa pra falar, porque ainda não vivi na prática essa aventura, mas tenho várias dicas sobre preparação. Vou dividir em tópicos e espero que ajude futuros mochileiros.



Roteiro: Por ser minha primeira viagem pra Europa, optei por visitar os lugares mais famosos, como Roma, Paris e Amsterdam. Nesse caso, o principal cuidado foi começar pela Itália ou Espanha, assim é possível contornar o Mar Mediterrâneo e evitar uma viagem muito longa ligando esses dois países. O ideal é começar em Madrid ou Roma, optei por Roma. Depois, fiz uma lista de cidades que gostaria de conhecer e pesquisei se havia linhas de trens entre elas, o tempo de viagem e os horários. Com isso em mãos, fechei o roteiro (Roma – Pisa – Milão – Veneza – Munique – Amsterdam – Paris – Barcelona Madrid). Antes de resolver o roteiro, tem uma decisão muito importante a ser tomada: conhecer bem poucas cidades ou visitar muitas cidades e ficar poucos dias em cada uma. Fiquei com a primeira opção e eliminei algumas cidades do roteiro. Vou ficar quatro dias nas capitais e de dois a três dias nas cidades menores.

Albergues: Reservar os albergues é tranquilo. Recomendo os sites HostelBookers e HostelWorld, que oferecem pesquisa por data e por cidade. Os dois são super completos, com várias informações dos albergues e hotéis, fotos, preços, opções de quartos, o que cada um oferece, etc. Nesses sites é possível fazer a reserva com cartão de crédito. Eu usei somente o HostelBookers e deu tudo certo, recebi as confirmações na mesma hora no e-mail.

Trem: Bem, os trens causam um pouco de estresse. Há várias opções bacanas de passes nos sites Eurail e Rail Europe. O problema é que muitos trechos exigem reserva de assento (serviço cobrado à parte), e essa reserva não pode ser feita por internet, só através de agências de viagens ou nas estações de trem na Europa. Como vou viajar no começo da alta temporada e não posso correr o risco de ficar sem assento nos trens noturnos, pois reservei os albergues e planejei toda a viagem contando com isso, comprei o passe e reservei os assentos noturnos com uma agência de viagens no Brasil. Além dos trechos noturnos (Veneza/Munique, Munique/Amsterdam e Paris/Barcelona), também já reservei o trecho Amsterdam/Paris. Os outros trechos, como são curtos e têm trem direto, vou apenas com o passe e optei por viajar de manhã cedinho. Quanto aos trens noturnos, algumas pessoas recomendaram pegar cabine com cama, ao invés de assento reclinável (opção mais barata), porque a viagem leva mais de 10 horas e equivale a uma noite de sono, lembrando que no outro dia preciso estar inteira pra caminhar muito.

Avião: Todo mundo fala que avião na Europa é barato, e de fato é. As companhias que operam dentro do continente sempre lançam promoções super legais. O único problema pra quem faz mochilão é a questão da mala. Nesses aviões, você pode embarcar somente com uma mochila ou mala de pequeno porte, ou paga um valor adicional. Então, acaba não compensando, além de ser muito mais legal viajar de trem.

Visa Travel Money: Essa foi, com certeza, a melhor invenção de todos os tempos pra quem viaja pro exterior. O Visa Travel Money é um cartão de débito que passa em qualquer máquina com bandeira Visa. A compra é descontada na mesma hora, de acordo com o câmbio do dia e, o melhor de tudo, sem nenhum imposto. Há várias opções de moeda, como dólar, euro e libra. Eu fiz o meu em euro por causa do mochilão, mas ele funciona normalmente aqui na Inglaterra, que trabalha com libra. Ele é um cartão recarregável, que você coloca dinheiro à medida que precisa, além de ser possível sacar dinheiro com ele (para colocar crédito e sacar é cobrada uma taxa). Mais informações, como valor e onde pode ser feito, no site.

Guia: Como contei no começo da viagem, comprei um guia super completo da Europa. Adorei ele! Tem várias informações, dicas de passeios, valores, horário de funcionamento dos principais pontos turísticos, sugestões de restaurantes, etc.

Frommer’s Europa – Guia Completo de Viagem

Editora: Alta Books – Tradução da 10ª edição




Obs.: O post foi escrito em primeira pessoa, mas eu não estou sozinha nessa aventura, muito pelo contrário, estou muito bem acompanhada!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

era uma vez Londres

'Quando um homem se cansa de Londres, ele se cansa da vida, pois em Londres está toda vida que se pode querer!'


Samuel Johnson disse tudo! No domingo, despedi-me de Londres com o coração apertado, pois sabia que era meu último dia como turista na capital inglesa (voltarei lá somente pra pegar o avião pra Roma). LONDRES É LINDA, É MODERNA, É ANTIGA, É CULTURA!! Vou embora da Inglaterra com a certeza de ter aproveitado da melhor forma possível o tempo em uma das cidades mais importantes do planeta. Visitei diversos pontos turísticos e museus, tirei muitas fotos, caminhei pelos parques, andei de metrô e fiz o passeio de barco no Rio Tâmisa. Confesso que nunca tive o sonho de conhecer Londres. Até ontem, ela não estava na lista de cidades que eu tenho vontade de visitar. Hoje, afirmo: todo mundo PRECISA conhecer Londres!



No domingo, viajei pra Londres com uma excursão (de cinco pessoas, mas era uma excursão / de cinco pessoas, duas eram brasileiras / sim, vamos dominar o mundo!). Nos encontramos na estação de trem aqui em Cambridge e o guia explicou alguma coisa, mas não prestei atenção e só segui todo mundo. Quando vi, entramos em um ônibus muito antigo e imaginei que fossemos com ele até Londres, fiquei revoltada, porque comprei a viagem de trem, que leva metade do tempo. Mas uns 20 minutos depois, paramos em uma estação no meio do nada e pegamos o trem, provavelmente estava com algum problema nos trilhos entre Cambridge e essa cidade aqui perto (ufa!).

Em Londres, pegamos o metrô e fomos direto pro Palácio de Buckingham (isso depois de uma alemã retardada fazer o maior escândalo pra bater uma foto no lugar onde eles filmaram ‘Harry Potter’ na estação de trem em Londres) tentar ver a troca de guardas. Isso, tentar ver, porque o guia era um chato e não parava de caminhar. No final, ele explicou que era muito aglomero e não valia a pena ficar ali, vimos só os guardas chegando e fomos embora. Caminhamos, caminhamos e caminhamos por um parque, passamos por mais algumas construções importantes e paramos para tirar fotos no Big Ben e no London Eye. Depois, quem quisesse, podia pagar e fazer o passeio de barco pelo Rio Tâmisa. Como eu já tinha feito quando fui a Greenwich e a Adriana (colombiana) pretende fazer mais pra frente, resolvemos almoçar com tempo (no Mc Donald’s, claro!) e visitar a Trafalgar Square.



À tarde, seguimos pro Madame Tussauds (museu de cera). CARA, É DEMAIS! Chegamos, compramos os tickets e subimos um milhão de escadas. Entramos em uma sala cheia de personalidades do cinema, como Leonardo di Caprio, Nicole Kidman e Tom Cruise. Porém, as três espertas demoraram pra compreender o funcionamento do museu. Quando já estávamos reclamando de só ter aquilo pra ver, enxergamos uma flecha lá no cantinho e entendemos que o museu é dividido em andares (uau!), cada um sobre um assunto, como esporte, personalidades históricas, cinema, terror, etc. Pra tirar foto é uma confusão, nas principais personalidades tem fila e empurra empurra, mas vale a pena! Na ala do horror, tem um corredor do terror com atores vivos. E depois de passar por todas as alas, você pode entrar em um carrinho (tipo esses carrinhos de trem fantasma), que imita um táxi londrino, e visitar uma ala que reconta a história da Inglaterra. Por fim, tem uma parte só sobre desenhos (que é preciso pagar separado - £2,70). Recomendo muito pagar e entrar, porque no fim tem um cinema 4D. Tudo bem que o desenho é super curtinho (mais ou menos 20 minutos), mas os efeitos são demais (o chão treme, faz vento no cabelo, a cadeira tem dispositivos, etc). Quanto ao ingresso pro Madame Tussauds, eu paguei £20, mas esse valor é promocional para grupos. O valor inteiro acho que é £28. E tem o mesmo museu em Amsterdam! Ihul!



A saída do museu e volta pra Cambridge foi uma comédia. Vou explicar por partes:

1. Como fomos com uma excursão e pagamos a passagem de trem mais barata, precisávamos voltar todos juntos, porque se alguém parasse a gente na estação, tínhamos que nos apresentar como grupo. Detalhe: o guia não avisou isso antes.

2. A excursão marcou de sair do museu às 16h40, mas chegamos lá super tarde. Na hora de ir embora, eu, Denise e Adriana não tínhamos nem terminado de ver os bonecos. Então, como o passe de trem pode ser usado em qualquer horário, decidimos ver tudo com calma e voltar pra Cambridge mais tarde.

3. Lá por 18h, quando estávamos saindo do museu, o guia nos liga perguntando onde a gente estava e dizendo que tínhamos que estar na estação de trem até 18h50 (horário do próximo trem pra Cambridge). Detalhe: a gente sabia que tinha uma estação de metrô perto, mas não sabíamos como chegar em King’s Cross.

4. Saímos correndo do museu, olhamos nosso mapa e conseguimos nos localizar. Pegamos dois metrôs e estavámos em King’s Cross às 18h30. Depois dessa (e depois de atrasar a excursão diversas vezes por parar bater foto), o guia nunca mais vai querer estudantes brasileiros no grupo!


Na segunda-feira, tivemos prova de nível na Kaplan, que acontece a cada quatro ou cinco semanas e, se você fizer mais de 75% da prova, pode subir de nível. Foi minha primeira e única prova, e consegui subir pro avançado. Começo semana que vem na nova turma.


Essa semana, fiquei realizada em Cambridge! Finalmente, encontrei o Cafe Brazil que os brasileiros sempre comentam. É um restaurante/loja que vende produtos brasileiros. Eu e a Iara fomos lá um dia depois da aula e quase abraçamos a dona do lugar quando vimos bis, pão de queijo, biscoito de polvilho, sonho de valsa, feijão preto e guaraná. Todo sábado tem feijoada! Essa semana, finalmente, vou comer arroz e feijão. Na verdade, pelo que entendi, a dona é portuguesa e a feijoada não é uma FEIJOADA de verdade, mas tá valendo!


SAUDADES, BRASIL! SAUDADES, COMIDA DO BRASIL!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

uma aventura chamada Punting

Olá, Brasil! No sábado, finalmente, fiz o famoso PUNTING em Cambridge. Na verdade, não fiz o FAMOSO PUNTING, fiz um punting mais modesto. Vamos por partes, punting é um passeio de gôndola (tipo em Veneza) pelo rio. Porém, o verdadeiro punting passa por trás das principais escolas e universidades da cidade. No sábado, o passeio era gratuito com a escola e fomos pro outro lado do rio. Além disso, não tinha o cara conduzindo a gôndola, ou seja, um de cada grupo era responsável por fazer esse serviço. Detalhe: essa pessoa precisava ir de pé, na ponta do barco, pegando impulso no fundo do rio com um pedaço de metal gigante. Óbvio que o resultado de tudo isso foi muita risada e aventura.



Acordei, tomei meu super café da manhã de sábado (torrada com peito de peru e alface, acho que é a refeição que eu mais gosto aqui na casa) e peguei o ônibus pro centro. Pra completar a aventura, estava ventando muito, frio e nublado, super legal! Encontrei a Adriana (colombiana) na frente do shopping e partimos pro ponto de encontro. Tinha vários alunos e precisamos nos dividir em grupos de seis. Pra começar o punting foi uma comédia, todas as gôndolas se batendo, um tentando empurrar o outro, muita risada! Aí começamos a nos afastar e ficou mais fácil. O problema é que tinha muitas árvores no meio do caminho e a gente não tinha a menor noção de como conduzir aquele barco, então íamos parar embaixo das árvores, uma gôndola batia na outra, fora os sustos cada vez que alguém fazia um movimento mais brusco. A Adriana não sabe nadar e estava morrendo de medo. Uma hora, o Camilo (colombiano) estava conduzindo e parou pra ver uns patos no meio do rio, mas os animais começaram a vir na nossa direção e eram enormes. Eu e as meninas morrendo de medo de ser bicadas, e ele achando todos os patos super amigáveis. Mas o mais engraçado era quando a pessoa dava um impulso muito forte e o pedaço de metal ficava cravado no fundo do rio, enquanto a gôndola ia pra frente, tínhamos que dar um jeito de voltar e pegá-lo. Resumindo, o passeio foi super divertido. Esse final de semana, quero fazer o punting verdadeiro, que passa pelos pontos turísticos e com um guia, conhecer o Jardim Botânico e alguns museus de Cambridge, além de bater fotos da cidade.



Depois do punting, encontrei um grupo de brasileiros e começamos nossa saga em busca de comida em Cambridge. Todos queríamos comer comida de verdade, nada de lanches. Almoçamos em um restaurante ali por perto. Eu pedi uma batata recheada com camarão e cream cheese, mas não gostei muito não, o recheio era frio e não tinha gosto de camarão de verdade. Enfim, a batata em si era gostosa e matou a fome. Após o almoço, eu e o Paulo (brasileiro) fomos a um supermercado gigante aqui em Cambridge. Finalmente, encontrei um mercado de verdade nessa cidade (aqui no centro, só tem mercadinhos super pequenos), com várias opções de comida, bebida, eletrônicos, roupas, etc. O único problema é que é longe pra caramba, tem que sair de Cambridge pra chegar lá, mas valeu a pena. Comprei várias coisinhas gostosas e nada saudáveis, como bolacha, chocolate, salgadinho, iogurte, e meu estoque de porcarias está renovado.



Depois, vim direto pra casa, estava super cansada e morrendo de frio. Dormi um pouco e acordei com a srilankanesa me chamando pra jantar. No domingo, visitei Londres e o famoso museu de cera (Madame Tussauds – muito legal!), o próximo post será sobre essa viagem. Também estou preparando um post especial sobre mochilão, com dicas de organização e planejamento para aventureiros de primeira viagem.

Acabei de reparar que Elsève se chama Elvive aqui!

SAUDADES!



‘Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas!’